Um dos mais perigosos assassinos de todos os tempos, Erivaldo Francisco Neves de Oliveira, conhecido como Cabelinho, que confessou 24 homicídios, treze deles dentro do sistema prisional, foi solto em Maceió na última sexta-feira (12), véspera de carnaval.
Cabelinho diz que só se arrepende do assassinato do próprio irmão, com quem dividia a cela. Foram “umas cem” facadas, segundo seu próprio relato, “como se tivesse com fome e tivesse almoçando”. Ele abriu o peito do próprio irmão para arrancar seu coração.
Apesar desse histórico, ele saiu pela porta da frente do presídio Baldomero Cavalcante, em Alagoas, após trinta anos trancafiado. A Constituição brasileira determina que qualquer condenado só pode permanecer preso pelo prazo máximo de 30 anos.
Mas a vida de Cabelinho fora da prisão deve durar pouco. Em entrevista a Regina Carvalho, do jornal Gazeta de Alagoas, Erivaldo Francisco avisou que ainda pode matar, se for agredido:
– “Já matei gente por causa de uma tapa. Um cara botou a mão pelo buraco da parede e deu uma tapa que pegou no meu irmão, o finado. Nós ficamos tocaiando, quando ele chegou no campo nós pulamos por cima. Meti a faca e matei, e fizemos uma bagaceira da gota. Até a mão dele eu arranquei. Quem quer levar uma tapa? Eu tenho isso ainda, se eu levar uma tapa eu mato dez. Se um preso der uma tapa em mim eu mato ele. Isso não me deixa triste. De jeito nenhum. Eu não preciso de nada, só do ‘comer’ do governo e pronto”.
Diário do Poder