
Clientes que desapareceram, pagamentos que não vieram e a necessidade de mudar o rumo fizeram parte da vida de advogados ao longo da pandemia. O empobrecimento que já era realidade na área se agravou durante o período.
Dois terços da classe atuam de forma autônoma, sem vínculo formal com escritórios ou empresas, de acordo com a pesquisa Datafolha realizada em 2021 com 303 advogados de todas as regiões do país. A renda individual mensal média, segundo o levantamento, é de R$ 5.855, com 44% dos profissionais situados na faixa até R$ 2.500.
Dados do último Censo da Educação Superior do Inep-MEC mostram que em 2020 havia 1.507 cursos de direito no país, com cerca de 125 mil formados.
Para exercer a advocacia é preciso ser aprovado no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), aplicado três vezes no ano. Hoje há mais de 1,2 milhão de advogados inscritos no país.
Ter esse registro era para Osmar Quadros, 50, a chave para ter sucesso. Ao se formar em 2018, já com a aprovação no exame da Ordem, ele enfrentava dificuldades para conseguir sua clientela, quando veio a pandemia e agravou o cenário.
Com informações da Folha de SP
