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Documentarista da ‘dieta do McDonald’s’ morre aos 53 anos

FOTO: REPRODUÇÃO

“Foi um dia triste quando nos despedimos do meu irmão Morgan. Ele contribuiu imensamente através de sua arte, ideias e generosidade. Hoje o mundo perdeu um verdadeiro gênio criativo e um homem especial. Estou muito orgulhoso de ter trabalhado ao lado dele”, declarou Chris Spurlock, irmão e colaborador do diretor em alguns de seus projetos, conforme relatado pela revista Variety.

Lançado em 2004, “Super Size Me” arrecadou US$ 22 milhões nas bilheterias, um feito notável para um documentário com orçamento de apenas US$ 65 mil. Durante o experimento, além de consumir apenas produtos de fast-food, Spurlock seguiu uma série de regras. Por exemplo, ele não podia recusar a opção “Super Size” se fosse oferecida pelos atendentes da rede. Após 30 dias, Spurlock afirmou ter ganho 11 kg, além de desenvolver depressão e disfunção hepática.

Pelo seu trabalho, Morgan Spurlock recebeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Sundance e melhor roteiro de documentário no WGA Awards, além de uma indicação ao Oscar. Após a repercussão do filme, a rede McDonald’s descontinuou a opção “Super Size” em suas unidades. O documentário, no entanto, enfrentou críticas sobre a falta de transparência de Spurlock em relação aos detalhes de sua dieta. Em 2017, ele lançou uma sequência focada na indústria do frango.

Spurlock também dirigiu filmes como “Onde Está Osama Bin Laden?” (2008) e “Assim se Vende um Filme” (2011). Além de diretor, ele atuou como produtor e lançou séries e documentários na televisão americana. Nascido em 7 de novembro de 1970, em Parkersburg, EUA, Spurlock foi criado na fé metodista, embora mais tarde se identificasse como agnóstico. Ele se formou em cinema pela Universidade de Nova York em 1993. O cineasta, que foi casado duas vezes, deixa dois filhos, Laken e Kallen, além de dois irmãos e seus pais.

Em 2017, durante o auge do movimento #MeToo e em meio às acusações contra Harvey Weinstein e Kevin Spacey, Spurlock publicou um texto admitindo ser “parte do problema”. “Eu sou parte do problema. Na minha vida, houve vários momentos que se assemelham ao que vemos nas notícias. Quando estava na universidade, uma garota com quem fiquei por uma noite me acusou de estupro. Não houve queixas ou investigações, mas ela escreveu sobre isso em um trabalho de classe e mencionou o meu nome”, recordou o americano. No texto, ele também mencionou ter sido vítima de abuso sexual na infância, seu histórico de traição contra as mulheres de sua vida, e suas dificuldades para manter a sobriedade.

Terra Brasil Notícias

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