A necessidade de recursos em caixa para cobrir os gastos extras com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) continuou a pressionar a dívida pública em novembro, com as emissões de títulos atingindo o segundo melhor nível da história. A Dívida Pública Federal (DPF) subiu, em termos nominais, 3,66%, passando de R$ 4,638 trilhões para R$ 4,788 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública em títulos no mercado interno, subiu 3,79% em novembro, passando de R$ 4,387 trilhões para R$ 4,553 trilhões.A alta deve-se, segundo o Tesouro , à emissão líquida (emissões menos resgates) de R$ 140,07 bilhões na DPMFi. Além disso, houve a apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), no valor de R$ 26,56 bilhões.
A emissão líquida de títulos da Dívida Pública Mobiliária Interna deu-se pela diferença entre o total de novos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional – R$ 158,82 bilhões – em relação ao volume de títulos resgatados (embolsado pelos investidores), que somou R$ 19,15 bilhões .
De acordo com o Tesouro Nacional, as emissões totais em novembro atingiram o segundo melhor nível para um único mês desde o início da série histórica, em 2006. O recorde havia sido registrado em outubro de 2020, quando o Tesouro havia posto em circulação R$ 173,26 bilhões em títulos públicos.
Mercado externo
A queda de 7,63% do dólar no mês passado fez o estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), em circulação no mercado internacional, cair 6,77%, passando de R$ 251,59 bilhões em outubro para R$ 234,57 bilhões em novembro.
Este ano, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá ficar entre R$ 4,6 trilhões e R$ 4,9 trilhões, segundo a versão revisada do Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2020, apresentada em agosto.
Detentores
As instituições financeiras foram as principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 29,5% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 25,5%, e os fundos de pensão, com 22,7%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.
iG