O diagnóstico de zika ainda é muito limitado devido à ausência de métodos padronizados, afirmou o pesquisador Pedro da Costa Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, do Pará, em simpósio sobre o vírus no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.
Testes de biologia molecular (PCR), capazes de detectar o vírus só até cinco dias depois do início dos sintomas, já estão disponíveis em alguns laboratórios públicos de referência — o Ministério da Saúde anunciou que vai comprar 500 mil testes do tipo até o fim do ano — e também em privados. Já os testes sorológicos, capazes de detectar a infecção depois de o vírus já ter sido eliminado do organismo, ainda são feitos somente de forma artesanal em instituições de pesquisa e oferecidos por alguns laboratórios privados.
Entenda: teste molecular x teste sorológico
O método molecular, ou PCR, consiste em multiplicar a quantidade de RNA do vírus na amostra coletada, ou seja, amplificar o material genético do vírus para que seja possível identificá-lo quimicamente. Trata-se de um teste de alta complexidade que exige profissionais treinados e laboratórios especiais.
Apesar de ser preciso, ele é capaz de detectar a presença do vírus em um período muito curto de tempo: só até cinco dias depois do aparecimento dos sintomas. Ou seja, é possível que o paciente ainda esteja manifestando sintomas da doença e o vírus não seja mais detectado em seu sangue.
Já o método sorológico é capaz de detectar os anticorpos contra o vírus, e não o vírus em si. Por isso, ele consegue identificar uma infecção por zika mesmo depois de muito tempo após o fim dos sintomas.
Informações: Portal G1