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DEU RUIM: TJ determina interdição imediata de santuário dedicado a Lúcifer no RS

FOTO: DIVULGAÇÃO

A recente criação de um santuário dedicado a Lúcifer em Gravataí, no Rio Grande do Sul, estima-se que tenha gerado uma série de debates e polêmicas. Com uma estátua de uma tonelada e o custo de R$ 35 mil, a obra foi realizada pelos integrantes da Nova Ordem de Lúcifer na Terra, liderada por Mestre Lukas de Bará da Rua.

A questão ganhou destaque após a prefeitura decidir pelo fechamento do local, citando a ausência de alvará de funcionamento e de um CNPJ para o templo. De acordo com Mestre Lukas, a documentação não foi regularizada devido a obstáculos apontados pela administração municipal.

Santuário Dedicado a Lúcifer: Intolerância Religiosa?

O assunto tomou maiores proporções quando o fundador do santuário, Mestre Lukas, acusou a prefeitura de intolerância religiosa. “No espaço privado a prefeitura entra e parece que a Justiça também tem religião”, afirmou. Segundo ele, a defesa já interpôs recurso contra a decisão judicial.

Em nota oficial divulgada na semana passada, a prefeitura de Gravataí afirmou que “não tinha conhecimento até o momento sobre a criação de um santuário dedicado a Lúcifer na cidade” e assegurou que “não há qualquer vínculo ou recurso público da prefeitura no empreendimento.”

Como Foi Erguida a Estátua de Lúcifer?

A estátua de Lúcifer, que pesa uma tonelada, foi produzida em cimento por um ateliê especializado. Segundo Mestre Lukas, a imagem retrata a dualidade do homem entre o humano e o esqueleto, com pés e asas, representando o espírito da divindade. O projeto teve o auxílio de um engenheiro e contou com uma iluminação especial planejada para a inauguração.

Para os membros da Nova Ordem de Lúcifer na Terra, a imagem de Lúcifer não representa algo demoníaco, mas sim a “luz do conhecimento”. As reuniões da ordem ocorrem duas vezes por mês, com aproximadamente 100 integrantes em todo o país, sendo cerca de 80 deles residentes no Rio Grande do Sul.

Qual a Reação da Comunidade de Gravataí?

Naturalmente, a notícia do santuário gerou uma série de reações e polêmicas na comunidade local e nas redes sociais. Enquanto alguns elogiam a iniciativa como um exercício de respeito à fé alheia, outros criticam a associação da religião à algo demoníaco.

Uma das críticas levantadas apontava que a obra havia sido financiada com dinheiro público. No entanto, tanto Mestre Lukas quanto a Prefeitura de Gravataí negaram qualquer uso de recursos públicos no projeto.

Principais Argumentos Contra o Santuário

  • Ausência de alvará de funcionamento
  • Falta de um CNPJ para o templo
  • Insegurança gerada pela repercussão do tema

Posicionamento da Nova Ordem de Lúcifer na Terra

  • O santuário é uma propriedade rural usada apenas para encontros
  • A ação da prefeitura configura intolerância religiosa
  • A estátua e as reuniões têm o objetivo de desmistificar o culto a Lúcifer

Mestre Lukas, que possui uma história de 21 anos dentro da religião, reforça que o trabalho da ordem é voltado para a conscientização e valorização da fé. Recentemente, ele também atuou na criação de um monumento dedicado a Exu no município.

Com a decisão judicial causando uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, a Nova Ordem de Lúcifer na Terra enfrenta um desafio jurídico que ainda terá desdobramentos. Enquanto isso, o debate sobre liberdade religiosa e respeito à diversidade continua a ser um tema quente na comunidade de Gravataí.

Terra Brasil Notícias

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