A desembargadora Cláudia Cristofani, do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) em Curitiba, solicitou mais tempo para análise, conhecido como “pedir vista”, durante o julgamento que poderia resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Esta é a segunda vez que a audiência foi interrompida.
O primeiro pedido de vista foi feito pelo desembargador José Rodrigo Sade, o que levou à retomada do julgamento nesta quarta-feira, 3. O senador é alvo de duas ações movidas pelo PL e pela Federação Brasileira da Esperança, formada pelo PT, PC do B e PV, ambas com alegações semelhantes: prática de caixa dois, abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação e contratos irregulares.
A desembargadora Cláudia se comprometeu a devolver o caso para análise na sessão do dia 8 de abril. Ela justificou: “Estamos diante de um processo que precisa ser amadurecido”.
Relação entre a desembargadora e Sergio Moro
Uma foto divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do “O Globo”, mostrou a desembargadora ao lado de Sergio Moro, durante o período em que ele atuava como juiz federal.
Ao ser questionada, a desembargadora Cláudia negou qualquer relação de amizade com o senador e destacou que se tratava apenas de um registro de uma reunião entre colegas magistrados, datada de 1990.
Tanto a Federação Brasileira da Esperança quanto o PL afirmaram ao colunista que não têm intenção de buscar o afastamento da desembargadora. Consideram que essa medida poderia ter efeitos adversos, uma vez que, se ela fosse considerada impedida, o substituto seria o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que é amigo do senador há mais de 20 anos.
As informações são da IstoÉ