O desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, que virou alvo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após ser filmado humilhando guardas de Santos (SP) e se recusando a usar máscara, disse que é vítima e não vilão no episódio. Afirmou ainda que adotará “as providências cabíveis para que meus direitos sejam preservados e para que os verdadeiros vilões respondam por seus atos.”
Em nota, que foi publicada pelo jornal santista A Tribuna, o magistrado se disse “vítima de uma armação” porque o vídeo teria sido tirado de contexto. Na gravação, o desembargador chama o guarda municipal que o aborda de “analfabeto” e rasga a multa recebida por estar sem máscara de proteção. Ainda nas imagens, ele tenta denunciar a ação policial para o secretário de Segurança da cidade paulista.
“O vídeo é verdadeiro, o fato realmente aconteceu, mas foi tirado do contexto, que eu gostaria de esclarecer, para que seja considerado nesse verdadeiro julgamento público – ou melhor, linchamento – que se estabeleceu sobre a minha conduta, sem que a minha versão dos fatos seja conhecida”, escreveu ele.
“Estamos vivendo um momento conturbado, de pandemia politizada, que tem sido usada para justificar abusos, desmandos e restrições de direitos, que eu como magistrado não posso aceitar. Um desses abusos, a meu ver, é a determinação, por simples decreto, do uso de máscara”, argumentou ele, que é reincidente no desrespeito ao decreto municipal que exige o uso de máscaras de proteção em vias públicas de Santos.
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