Deputados do Psol, vereadores e um prefeito do partido, em conjunto com intelectuais, artistas e lideranças políticas, apresentaram na noite desta quarta-feira (18) pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A decisão, apesar de ser capitaneada por parlamentares do partido, não é uma decisão da Executiva Nacional da legenda.
Trata-se do segundo pedido de impedimento do presidente da República apresentado. O primeiro foi feito na terça (17) pelo deputado distrital Leandro Grass (Rede-DF).
O pedido do Psol sustenta que Jair Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade ao convocar atos que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF e, principalmente, por colocar em risco a saúde nacional ao romper o isolamento indicado pela Organização Mundial da Saúde e pelo próprio Ministério da Saúde de seu governo. O presidente participou das manifestações do último domingo (15).
De acordo com a líder do Psol na Câmara, deputada Fernanda Melchionna (RS), enquanto chefe de Estado, Bolsonaro não pode falar nem agir como quer. “Estamos no pior momento da história recente do país com a pandemia do Coronavírus e, evidentemente, um péssimo momento para uma crise política, mas talvez seja o mais necessário”, diz ela.
“Bolsonaro tem sido criminoso em sua conduta e a irresponsabilidade dele pode trazer sérios riscos à vida das pessoas e à saúde nacional, aprofundando a crise em vez de resolvê-la. Frente a isso, nós chegamos a uma medida limite que é o pedido de impeachment. Ele não pode mais seguir governando sob risco de seguirmos inoperantes diante da atual crise econômica e de saúde que o Brasil está vivendo”, continua Melchionna.
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