Presa suspeita de deformar o rosto de pacientes com a realização de procedimentos estéticos, a dentista Hellen Kacia Matias da Silva, oferecia cursos técnicos de forma irregular. De acordo com a Polícia Civil, os cursos profissionais só poderiam ser aplicados por médicos, no entanto, eram ministrados por Hellen, que não é reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
A coluna Na Mira, do Metrópoles, divulgou o vídeo em que Hellen foi presa.
Segundo a delegada responsável pela investigação do caso, Débora Melo, um dos cursos oferecidos por Hellen, para realização de cirurgias faciais, com carga horária de três dias, chegavam a custar até R$ 15 mil por aluno.
Ainda de acordo com a investigadora, a quantidade de pessoas que fizeram cursos com Hellen é grande. Segundo ela, os profissionais estão espalhados em diversas regiões o país, por isso ainda não se tem o número exato. Conforme a delegada, os casos ainda estão sendo contabilizados pela corporação.
Débora Melo aponta que o contrato do curso ministrado por Hellen tinha a informação de que ela não era reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Em nota, o MEC respondeu que “é responsável por instituições e cursos de nível superior, não tendo competência sobre cursos livres” e que o “exercício da profissão é de competência do respectivo Conselho Federal”.
Por sua vez, o Conselho Regional de Odontologia afirma que “medidas administrativas pertinentes estão sendo tomadas, obedecendo o devido sigilo aplicável ao caso”.
O registro profissional de Hellen continua ativo em Goiás. No site da entidade, consta que a profissional é cirurgiã-dentista com especialidade em harmonização orofacial.
Em posts de divulgação nas redes sociais é possível ver que alguns dos cursos que Hellen ministrava possuem essa temática, mas outros revelam cursos com uma técnica de lipo de papada, que na prática, segundo a polícia, se assemelha ao procedimento conhecido como face lifting, que é de realização proibida por profissionais.
Metrópoles