Os delegados de Polícia Civil decidiram não abrir os plantões do interior do estado no próximo final de semana em protesto pela demora do Governo em analisar pleitos emergenciais da categoria. Além dos plantões, os delegados pretendem também suspender operações, prisões e missões que estavam em curso. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 11, após reunião realizada com o governo do estado não ter avançado.
Outra reunião deverá ocorrer na próxima quarta-feira, 13, e até lá os delegados decidiram que não irão compor escala de serviços extras (iniciando neste final de semana), deflagrar operações ou avançar com investigações. As delegacias seguem abertas para confecção apenas de boletins de ocorrência.
Na manhã desta segunda representantes da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN estiveram na Secretaria de Administração e iniciaram as conversas com o governo através do secretária de Administração, Virginia Ferreira e a delegada geral de Polícia, Ana Claudia Saraiva. Os delegados e delegadas solicitam que o governo atenda a três pleitos emergenciais: a realização do concurso público para a Polícia Civil, a implantação das promoções e a contemplação da categoria no plano de reestruturação da carreira. Desses, somente a questão das promoções teve algum avanço, já que o governo se comprometeu em publicar a promoção de dezessete delegados esta semana.
Quanto ao concurso o governo prometeu a analisar junto à comissão as diligências requisitadas pela Procuradoria Geral do Estado, porém, sem data para realização. Já sobre o plano de carreira, nada foi definido. “O plano de reestruturação da carreira é urgente. Caso permaneça a atual disciplina, a gestão da Polícia Civil estará seriamente prejudicada em pouco tempo, isto porque atualmente temos classes preenchidas com apenas seis delegados, o que impossibilitará o andamento regular da instituição”, falou a delegada Paoulla Maués, presidente da ADEPOL/RN.
A assembleia dos delegados foi realizada na própria Secretaria de Administração, com expressiva adesão da classe que decidiu pela continuidade da mobilização até que o governo atenda as três medidas sugeridas pela Adepol/RN.