
O delegado da Polícia Federal (PF), Itawan de Oliveira Pereira, responsável pelo relatório de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do deputado federal lincenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), já teve cargo comissionado no gabinete de um ex-deputado federal do PT, partido do presidente Lula.
Entre 2017 e 2019, Pereira integrou a equipe do então deputado federal Leo de Brito (PT-AC), hoje secretário especial do Ministério da Educação, comandado por Camilo Santana, também petista.
A relação de Itawan com o petista iniciou-se na Câmara dos Deputados, onde ele trabalhou como assessor técnico da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, presidida por Leo de Brito, posteriormente integrando o gabinete do deputado.
Os dados constam em registros administrativos da própria Câmara. Veja abaixo:
A atuação de Itawan no caso envolvendo Bolsonaro levantou questionamentos sobre um possível conflito de interesses, dada sua trajetória anterior próxima a figuras centrais do PT – partido que representa a principal oposição política ao ex-presidente.
O senador e líder da Oposição na Casa, Rogério Marinho (PL-RN), criticou nas redes sociais:
“E por falar em aparelhamento…. Padrão PT”.
Formado em Direito em 2015 pelo UniCeub, em Brasília, Itawan Pereira passou por estágios nos escritórios de advocacia Bordignon & Rocha, no Acre, e Rodrigo Mudrovitsch Advogados Associados, na capital federal.
Ingressou na Polícia Federal em 2019, sendo inicialmente lotado no Acre. No ano passado, foi transferido de volta a Brasília para compor a força-tarefa que investiga Bolsonaro, seus familiares e aliados.
Atualmente, o delegado integra a Coordenação de Investigação e Operações de Contrainteligência, uma unidade estratégica da PF normalmente reservada a policiais com maior senioridade e expertise em segurança da informação. A informação foi publicada pelo portal Claudio Dantas e confirmada pelo Diário do Poder.

