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Delegada expede intimações no caso de injúria racial em condomínio em Candelária

FOTO: REPRODUÇÃO

A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso de agressão à gerente de vendas Flávia Carvalho, 36 anos, em um condomínio no bairro de Candelária, na zona Sul de Natal. O procedimento foi aberto nessa terça-feira, (13), junto à expedição de intimações para as investigadas por agressão e testemunhas do caso irem depor na delegacia. Os depoimentos estão previstos para a próxima sexta-feira (16), como disse a delegada Karen Lopes, titular do 10º Distrito Policial e responsável pela investigação, à reportagem da TRIBUNA DO NORTE.

A delegada informou que estão em análise, além da prática de lesão corporal, os crimes de injúria racial e ameaça, conforme depoimento da vítima, prestado na última sexta-feira (9). O caso, que gerou repercussão nacional, ocorreu na última quarta-feira (7), no condomínio Quatro Estações, onde a vítima e as mulheres que lhe agrediram moram. A previsão inicial da titular do 10º DP é encerrar o inquérito até o fim da semana que vem.

Segundo a delegada Karen Lopes, as primeiras intimações foram expedidas para as investigadas pelos crimes citados anteriormente, além  da síndica e de funcionários da administração do condomínio que receberam Flávia Carvalho após as agressões, no âmbito de testemunhas. A partir daí, também devem ser ouvidos o porteiro de plantão no dia do fato e o advogado do condomínio.

As imagens da câmera de segurança do elevador, o exame de corpo de delito que comprovam as agressões e as próprias escoriações observadas pela delegada na vítima, quando foi registrado o Boletim de Ocorrência, são evidências robustas da lesão corporal, de acordo com a titular da delegacia. Os próximos depoimentos, ainda segundo ela, devem esclarecer os eventuais cometimentos de crimes de ameaça e injúria racial.

“Além das duas mulheres investigadas, a síndica e funcionários da administração do condomínio também foram intimados para que eu saber das reclamações que haviam, se tinha substância ou não”, afirmou a delegada Karen Lopes.

As reclamações que ela menciona são as que Flávia Carvalho apontou como implicância de uma das agressoras, a sua vizinha de apartamento. A vítima afirmou ser alvo de implicância sobre barulho na sua casa, que nunca teriam acontecido, de acordo com ela.

Esse tema provocou até uma reunião, anteriormente, com o advogado do condomínio, mas que não teria gerado nenhum resultado porque foi interrompida no meio. “De acordo com o relato da vítima, a reunião chegou a ser marcada, já que não se provava esse barulho, mas o advogado se retirou alegando falta de respeito das duas [investigadas por agressão]. Para um advogado se levantar e sair da reunião, então você imagina a gravidade. Por isso ele também vai ser ouvido”, disse a delegada.

Com a expedição dos documentos, a delegada espera que as investigadas e as testemunhas sejam intimadas para prestar depoimento ainda nesta quarta-feira (14).

O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) também foi oficiado pela delegacia para informar os detalhes da ocorrência atendida pela Polícia Militar.

Tribuna do Norte

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