A declaração do doleiro Dario Messer, em delação premiada, de que mandava um funcionário de duas a três vezes por mês à sede da TV Globo, no Rio, para entregar dólares à família Marinho uniu petistas e bolsonaristas nos ataques à emissora carioca.
O depoimento foi divulgado pela revista Veja. Conhecido como o “doleiro dos doleiros”, pelo valor que movimentava, Messer afirmou que repassava de US$ 50 mil a US$ 300 mil desde 1990 para filhos de Roberto Marinho.
A família negou conhecer o doleiro e ter se valido desse tipo de prática. O presidente Jair Bolsonaro foi ao Twitter e fez uma estimativa de que a Globo teria recebido do doleiro mais de R$ 1,7 bilhões em 30 anos. O assunto virou um dos mais comentados nas redes, unindo tanto apoiadores de Bolsonaro quanto do ex-presidente Lula, também críticos à maior emissora do país.
Messer afirmou que entregava dólares no Brasil e os Marinho repassavam para ele através de contas no exterior, que seriam comandadas por Celso Barizon, gerente de uma conta dos Marinho no Banco Safra.
Segundo o doleiro, os destinatários dos repasses eram os irmãos Roberto Irineu (presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo). Messer não apresentou prova de suas declarações.
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