A menos de um ano da eleição de 2022, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem anunciado uma série de medidas com alvo certo: aumentar sua popularidade. O pacote de “bondades” vai desde a expansão do Bolsa Família até ações para baratear os combustíveis, passando por acenos a categorias profissionais como caminhoneiros e servidores públicos.
Além das medidas anunciadas, Bolsonaro intensificou as viagens pelo país, em um ritmo de agenda que se assemelha ao de campanhas eleitorais. Ele tem inaugurado obras de infraestrutura – muitas delas, pequenas – em diversas regiões do país, incluindo o Nordeste, onde o eleitorado tradicionalmente pende para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O chefe do Palácio do Planalto tem enfrentado queda reiterada de popularidade em pesquisas recentes. De acordo com o último levantamento do Instituto Datafolha, divulgado em setembro, 53% dos entrevistados reprovam o presidente, que é avaliado como bom ou ótimo por apenas 22%.
Nas intenções de voto no primeiro turno, Lula tem 27%, e o atual chefe do Executivo federal, 20%. Em um eventual cenário de segundo turno, Lula aparece com 56%, contra 31% de Bolsonaro.
A situação é agravada pela deterioração da economia brasileira, com piora nas projeções do mercado. Especialistas ouvidos pelo Banco Central passaram a projetar crescimento econômico de menos de 1% em 2022. Ao mesmo tempo, as estimativas para a inflação pioraram.
Metrópoles