
Os Correios firmaram um empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos para recompor o caixa da estatal, em meio à situação financeira enfrentada pela empresa. O contrato foi assinado na sexta-feira 26 e publicado neste sábado 27 no Diário Oficial da União (DOU).
A operação envolve Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O acordo tem validade até o ano de 2040 e conta com garantia da União, mecanismo que assegura o pagamento às instituições financeiras caso a estatal não honre as parcelas do financiamento.
O empréstimo foi autorizado pelo Tesouro Nacional na semana passada, após a apresentação de propostas por cinco bancos. A contratação integra o plano de reestruturação dos Correios, que busca recompor o fluxo de caixa e reorganizar as finanças da empresa.
Com a garantia concedida, o governo federal assume o compromisso de cobrir eventuais inadimplências da estatal. Na prática, isso reduz o risco da operação para os bancos participantes do contrato.
No início de dezembro, o Tesouro Nacional havia recusado uma negociação anterior, no valor de R$ 20 bilhões, apresentada por um consórcio de bancos. À época, o comitê aceitava uma taxa de juros de até 18% ao ano, mas a proposta previa juros de 20% ao ano, acima do limite autorizado.
Após a aprovação do financiamento de R$ 12 bilhões, o Tesouro informou que a operação seguiu o teto de juros estabelecido para empréstimos com garantia da União e atendeu aos critérios exigidos para análise da capacidade de pagamento de estatais que possuem plano de reequilíbrio aprovado pelas instâncias competentes.

