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Coronavírus: Empresários minimizam pandemia e são criticados na internet

DONO DO MADERO, JUNIOR DURSKI TEM SIDO ALVO DE CRÍTICAS. ALEXANDRE GUERRA, DO GIRAFFAS, LUCIANO HANG, DA HAVAN, E ROBERTO JUSTUS TAMBÉM FORAM CRITICADOS. FOTO: REPRODUÇÃO

Diante da pandemia do novo coronavírus, alguns empresários têm dado declarações demonstrando preocupação com os efeitos econômicos da crise desencandeada pelo surgimento Covid-19. Ao fazerem isso, porém, parte deles tem minimizado as perdas humanas provocadas pela doença, o que levou usuários das redes sociais a criticarem as falas.

A declaração de maior repercussão no momento é de Junior Durski, das hamburguerias Madero e Jeronimo. Em um vídeo publicado no Instagram, ele diz ser “totalmente contrário a esse lockdown que nós estamos tendo no Brasil”. 

“O Brasil não pode parar dessa maneira, o Brasil não aguenta, tem que ter trabalho, as pessoas têm que produzir, têm que trabalhar. O Brasil não tem essa condição de ficar parado assim. As consequências que nós vamos ter economicamente no futuro são muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, disse Durski. “Nós não podemos por conta de 5 mil pessoas, 7 mil pessoas que vão morrer, eu sei que é muito grave, eu sei que isso é um problema, mas muito mais grave é o que já acontece no Brasil”, acrescentou o empresário, referindo-se aos homicídio e às mortes por desnutrição.

O publicitário Roberto Justus também tem sido criticado. Em um áudio vazado — que teve a autenticidade confirmada pelo próprio Justus —, ele diz ao apresentador Marcos Mion — que havia gravado uma mensagem pedindo para que a população ficasse em casa — que “quem entende um pouco de estatística vai perceber que (o número de mortes) é irrisório”. “E dos que morrem, mesmo dos velhinhos, só 10% a 15% deles morrem (…) Esse isolamento vai custar muito mais caro”, afirmou o empresário.

Depois, Justus publicou um vídeo em que disse ter apenas discordado da opinião “alarmista” de Mion. “Vim aqui esclarecer rapidamente para vocês os meus pontos de vista de uma forma um pouco mais didática, porque muita gente criticou, não entendeu, falaram que eu estou zombando dos mortos, que eu não dou importância, que eu só penso na parte econômica e não é nada disso, é muito pelo contrário”, afirmou ele no início da gravação de quase 7 minutos.

Correio Braziliense

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