Desde que anunciou em abril sua política de obrigatoriedade do uso de máscaras em seus voos, a companhia aérea Delta Air Lines incluiu 460 clientes em uma lista de exclusão (“no-fly”, em inglês) por se recusarem a seguir os protocolos. O número foi confirmado em memorando enviado nesta semana aos funcionários da empresa pelo CEO Ed Bastian.
“Usar uma máscara está entre as ações mais simples e eficazes que podemos tomar para reduzir a transmissão, e é por isso que a Delta há muito exige isso de nossos clientes e nosso pessoal”, escreveu o executivo no comunicado submetido na última quinta (22).
Três meses após comunicar a nova política, a Delta havia adicionado 120 pessoas na lista, de acordo com memorando de 23 de julho obtido pela FOX Business. No final de agosto, a quantidade de impedidos a voar pela companhia dobrou. Bastian informou aos funcionários que 240 clientes estavam proibidos de entrar nos aviões da empresa.
A Delta ainda mantém outras medidas como o bloqueio de assentos intermediários, para garantir o distanciamento social em razão da pandemia. A companhia chegou a criticar em seu perfil no Twitter outras empresas que disponibilizaram os lugares.
“Uma casa mal-assombrada, mas eles não estão bloqueando os assentos do meio”, disse a companhia aérea na última quinta.
A publicação foi percebida como uma indireta à Southwest Airlines, que comunicou a retomada das reservas a assentos intermediários em seus voos a partir de 1º de dezembro. Em maio, a companhia havia limitado a capacidade na cabine de passageiros.
O CEO da Delta afirmou em teleconferência que a companhia só abriria os assentos quando os clientes se sentissem mais confortáveis. A expectativa é que isso aconteça apenas no primeiro semestre de 2021.
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