Sintetiza um total desrespeito à ordem pública e à própria democracia, a ação de vândalos travestidos de integrantes de movimento popular, que nesta segunda-feira subverteram a lei e a ordem, ao invadirem a quadra de esportes da Praça Augusto Leite, no bairro do Tirol, e acabarem, através do terror, a pré-conferência para escolha de delegados que votarão a minuta do novo Plano Diretor de Natal.
É mais afrontoso ainda quando se constata que malfeitores, sob fantasias vermelhas, têm o apoio explícito de uma parlamentar, como a recém-empossada vereadora Brisa (PT), que mal assumiu o mandato já demonstra que honrará os votos que recebeu através do terrorismo urbano, como se fosse uma espécie de “jihadista” do asfalto.
Não é esse o papel de um parlamentar, independentemente de ser do PT ou de qualquer outra legenda.
É obvio que a discussão de um novo plano diretor tem que ser feita de forma mais ampla possível, para que o produto final possa contemplar as expectativas de todas as classes sociais e, paralelamente, assegurar o desenvolvimento racional e equilibrado da cidade.
Mais o que se viu na Praça Augusto Leite não foi a comunhão de pessoas de bem, imbuídas em discutir o futuro da capital.
Foi apenas a baderna promovida por um amontoado de celerados, que, sob a sigla de um movimento popular que não se dá ao respeito, tentou apenas demarcar território, como fazem os cachorros e outros animais irracionais, ao expelir fezes e urina quando querem demonstrar que aquele é o seu espaço.
A iniciativa de meia dúzia de baderneiros que se fez presente à Praça Augusto Leite, foi na verdade um desserviço aos movimentos sociais que discutem os problemas da cidade e defendem seus pontos de vista, sob a égide do bom senso e civilidade.
Ao mostrar a sua cara nefasta, o tal Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) conseguiu, apenas, de uma tacada só, angariar o repúdio da sociedade civil e agredir à democracia.
Foi feliz a NOTA DE REPÚDIO assinada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN, ao considerar o ato do MLB como “um absurdo desrespeito a um trabalho sério, transparente e plural que vem sendo realizado há quase dois anos em torno da formatação desta minuta que, a nosso ver, terá como maiores beneficiários a cidade de Natal e toda a sua população”.
O MBL pisou feio na bola e a vereadora Brisa mostrou que está longe de ser uma parlamentar, mas bem próxima de tornar-se tão somente um “cranco” social pelos próximos quatro anos.
Há quem confunda o Estado Democrático de Direito, sinônimo da soberania popular e da democracia representativa e participativa, um passaporte para promover a bagunça, semear a desordem e institucionalizar o caos.
Se isso acontece é porque o estado brasileiro tornou-se inerte para combater vândalos travestidos de militantes, e a polícia temerosa o bastante para não agir com o rigor necessário, sob pena de ser processada e execrada por entidades que se dizem defensoras dos “direitos humanos”.
Este é o cenário atual da sociedade em que vivemos nesses “tempos modernos”.
No passado não tão distante, o tratamento dado para prisiacas e pertubadores da ordem pública, era outro bem diferente.
A polícia sabia muito bem como “emborrachar” a vocação para o caos, ostentada por baderneiros fantasiados de lutadores pela liberdade, igualdade e solidariedade.