A reunião, na avaliação de integrantes do governo, tinha o grande objetivo de lançar luz sobre os pontos de união entre os diferentes países da região.
O regime autoritário de Nicolas Maduro, na Venezuela — marcado por violações de direitos humanos, perseguição política e miséria –, não era um dos temas da conversa.
Virou assunto principal do encontro, no entanto, quando Lula decidiu organizar uma festiva recepção ao colega ditador no Planalto.
Em vez de surfar no evento em que a América Latina se reencontrava para discutir interesses comuns, Lula terminou o encontro enfrentando o constrangimento de ter que comentar as críticas dos presidentes do Uruguai e do Chile.
O líder chileno disse que Lula distorcia a realidade ao pintar a Venezuela como uma democracia alvo de “narrativas” e fazia vista grossa aos crimes na Venezuela. Já o líder uruguaio disse que o petista tentava tapar o sol com o dedo ao negar o autorismo do colega Maduro.
Não faz muito tempo, o Brasil tinha no Planalto um presidente que costumava boicotar agendas do próprio governo, criando fatos negativos que ofuscavam agendas positivas