O secretário-geral da Organizações das Nações Unidas (ONU), António Gutérres, não foi a primeira pessoal que Israel declarou como “persona non grata” no país.
Assim como o representante da ONU, o presidente Lula (PT), também não é “bem-vindo” em Israel, tendo sido declarado “persona non grata” em fevereiro deste ano.
O petista se tornou “não bem-vindo” no território israelense por comparar as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado.
Lula classificou a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas como “genocídio” e “chacina”.
As declarações de Lula foram feitas durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou da 37ª Cúpula da União Africana e de reuniões bilaterais com chefes de Estado do continente.
Guterres “persona non grata”
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (2), o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, expressou indignação com Guterrez ao alegar que o secretário-geral da ONU não condenou o ataque do Irã ao território israelense na terça-feira (01).
Na terça-feira, o Irã iniciou ataques com mísseis balísticos contra Israel. De acordo com o país, a ofensiva foi uma resposta a morte do líder dos terroristas do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah.
Aproximadamente 200 mísseis foram lançados pelo Irã contra Tel Aviv, capital israelense. Os sistemas de defesa de Israel, conhecidos como “domo de ferro”, conseguiram interceptar grande parte deles porém, destroços acabaram caindo na capital.
O termo
O termo “persona non grata” é um mecanismo jurídico empregado nas relações internacionais para sinalizar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. Esta designação está descrita no artigo 9 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Diário do Poder