Durante participação no programa Bom Dia RN, na Intertv Cabugi , na manhã desta segunda (07), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PMDB), admitiu que já tinha conhecimento do excesso de cargos comissionados.
“Sim, já sabia que tinha excesso e estava cruzando informações em outubro do ano passado. Solicitei ao Tribunal de Contas o cruzamento de informações para ver quem tinha mais de um vínculo. Recebi, no dia 23 de dezembro, a informação. Identificamos 296 funcionários. A partir daí, fizemos uma comissão, que está investigando caso a caso”, declarou.
Segundo Ezequiel Ferreira, a exoneração dos quase 700 cargos comissionados não poderia ter acontecido antes por causa das investigações. “Foi feito um levantamento de caso a caso para chegarmos a esse número, que é um número expressivo e que será aumentado”, informou o presidente , acrescentando que o corte desses 700 cargos vai gerar uma economia de R$ 10 milhões por ano.
No último sábado, a Assembleia Legislativa do RN publicou uma lista com 363 exonerações e 19 demissões a pedido de servidores da Casa. Entre os comissionados cortados da Casa, está a bacharel em Direito Janine Salustino Mesquita de Faria, filha do governador do Estado, Robinson Faria.
Desde a publicação do Portal da Transparência da AL no mês de fevereiro, que revelou mais de 2.500 cargos comissionados, alguns deles ocupados por pessoas que não trabalhavam, a casa legislativa passou a fazer do noticiário diário do RN, e tem gerado muita repercussão nas redes sociais com mobilizaçãos de potiguares que cobram medidas corretivas.
A Assembleia também publicou a nomeação de 18 pessoas em cargos comissionados e ainda a convocação de seis pessoas aprovadas em concurso público.