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Com editorial, Folha se junta aos que tentaram matar Bolsonaro, diz secretário de Comunicação da Presidência na própria Folha de S. Paulo

SECRETÁRIO AINDA CHAMA O VEÍCULO DE “ESTIRPE” “TORPE” E “LEVIANA”. FOTO: REPRODUÇÃO

O secretário de Comunicação Social da Presidência, Fábio Wajngarten, escreveu texto na Folha desta segunda-feira, 2, com o título “O infame editorial”, onde rebate editorial também publicado no jornal, na última sexta, chamado “Fantasia de imperador”. Para ele, com o texto a Folha “se junta àqueles derrotados nas urnas em outubro passado, aos que tentaram matar o então candidato Jair Bolsonaro, para pregar o desrespeito, a mentira e a tentativa frustrada de desmoralizá-lo no cargo mais graduado da República”.

No texto, a Folha considera que o presidente Jair Bolsonaro “combina leviandade e autoritarismo” e não entende os “limites que a República impõe ao exercício da Presidência”.

Após fazer a defesa da liberdade de expressão e de imprensa, o secretário afirma que “para que não usem esse artigo como sintoma de qualquer censura à imprensa–, quero escrever neste espaço para repudiar, com toda a ênfase, o infame, injusto e leviano editorial da Folha de S.Paulo”.

Logo após a afirmação, Wajngarten diz que Bolsonaro “tem uma legitimidade que a Folha de S.Paulo e outros veículos da mesma estirpe, torpes e levianos, não têm e jamais terão”: os votos. “Em São Paulo, sede do jornal e de quem lhe empresta o nome, e maior colégio eleitoral do país, o percentual de votos alcançou a marca dos 67%!”.

Ele lembra ainda que a “fúria editorial” da Folha contra Bolsonaro “não é de hoje”.

“Já na campanha eleitoral o jornal paulista buscou denegrir sua imagem, ridicularizar suas propostas e plano de governo. Como não conseguiram no período eleitoral, tentam agora com ele na Presidência da República.”

Para o secretário “tal comportamento reiterado descredencia a Folha de S.Paulo como fonte de informação séria para a sociedade em geral, quanto mais como meio a ser considerado no processo de tomada de decisões políticas e econômicas”.

Ao final, o secretário afirma que o editorial defende “uma conspiração pela saída do presidente da República, num golpe contra as instituições e, principalmente, contra a vontade da maioria dos brasileiros”.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo em suas redes sociais onde aparece mais uma vez criticando a Folha de S. Paulo. Dessa vez, ele afirma que não vai mais ler as matérias publicadas pelo veículo e sugere boicote aos anunciantes da Folha.

Eu não quero ler a Folha mais e ponto final“, afirma. Bolsonaro é seguido por um coro de simpatizantes que gritam “NEM EU, NEM EU!”. O presidente, satisfeito com a resposta do público, continua sua crítica recomendando que os brasileiros também deixam de ler à Folha de S. Paulo.

Na sequencia, Bolsonaro afirma que não compra produtos de anunciantes da Folha. “E os anunciantes que anunciam na Folha também, eu peço ao pessoal aí… qualquer anúncio que faz na Folha de São Paulo eu não compro aquele produto, ponto final. Eu quero uma imprensa livre, independente, mas acima de tudo, que fale a verdade. Eu [tô] pedindo muito?“, conclui.

Com informações: Fórum

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