
Todas as 10 pessoas a bordo do jato particular pertencente ao fundador do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, morreram quando a aeronave caiu perto da cidade de Tver, informou a agência de notícias russa Interfax, citando o Ministério de Emergências.
O ministério disse que as 10 pessoas – sete passageiros e três tripulantes – estavam a bordo do avião quando ele caiu e que todas elas seriam mortas, segundo a Interfax.
O ministério acrescentou que o avião caiu perto do assentamento de Kuzhenkino, na região de Tver.
Acredita-se que Prigozhin estivesse a bordo do avião.
Anteriormente, um canal do Telegram ligado ao Wagner, Gray Zone, informou que o jato foi abatido pelas defesas aéreas na região de Tver, ao norte de Moscou.
Oito corpos foram encontrados até o momento no local do acidente, segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti.
Ontem, Prigozhin havia divulgado seu primeiro discurso em vídeo desde seu motim fracassado na Rússia.
As imagens mostram Prigozhin em traje de combate, dizendo que o grupo está tornando a África “mais livre”.
A BBC não conseguiu confirmar onde o vídeo foi gravado.
Acredita-se que o grupo Wagner tenha milhares de combatentes no continente, onde tem interesses comerciais lucrativos.
Prigozhin foi um principais personagens da invasão russa à Ucrânia ao comandar, à frente do exército privado de mercenários, uma rebelião de curta duração contra o governo russo no início de junho.
Durante meses, o nome de Prigozhin foi associado ao papel cada vez mais central que seu grupo mercenário está desempenhando na guerra na Ucrânia.
Ele recrutou milhares de criminosos nas prisões da Rússia – não importando quão graves tenham sido os crimes dos condenados, desde que eles concordem em lutar na Ucrânia.
Antes de a Rússia iniciar o que se tornou o pior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, Prigozhin foi acusado de se intrometer nas eleições americanas e de expandir a influência russa na África.
Após uma dura troca de acusações, o grupo Wagner e o governo russo romperam relações.
Na manhã do dia do golpe fracassado, em 24 de junho, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Prigozhin de “traição” e de lhe dar “uma facada nas costas”.
Depois de um acordo para encerrar o impasse, as acusações contra ele foram retiradas e houve uma oferta para que ele se mudasse para Belarus.
BBC

