A Justiça determinou que os 43 policiais do Ceará que estão detidos por deserção permaneçam presos. O juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho decidiu converter a prisão em flagrante em preventiva.
Os militares estão presos desde 22 de fevereiro, quando faltaram a uma convocação para atuar na Operação Carnaval no interior do Estado. A ação dos policiais é considerada criminosa pelo próprio código militar e pode culminar em pena de detenção de seis meses a dois anos.
Em paralelo, o motim realizado por parte de policiais, que teve início há 10 dias, ainda continua, e a situação no Ceará permanece incerta. Na tarde desta quinta-feira, foi realizada uma reunião entre o representante dos militares e os dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Os policiais fizeram uma série de exigências, dentre elas o reajuste salarial. Também foi reivindicada a anistia para os policiais que participaram do motim. O governo apresentou uma contraproposta, no entanto, a questão ainda não teve resolução.
O procurador-geral de Justiça do Ceará, Manuel Pinheiro, disse que não é o momento de expor as negociações que estão sendo feitas. “Neste momento, não é adequado discorrer sobre as pautas, sobre o que está sendo discutido pela comissão.”
Além dos policiais presos, 230 estão foram afastados e respondem por crimes de abandono de posto, motim e insubordinação. A greve de militares é considerada ilegal porque a ausência dessas autoridades coloca em risco a segurança da população.
Desde que as paralisações começaram, o Ceará já registrou 195 homicídios. No entanto, o governo informou que não vai mais anunciar o número diário de mortes violentas.
Jovem Pan