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Cavendish e Cachoeira são presos novamente

FERNANDO CAVENDISH E CARLINHOS CACHOEIRA, QUE TIVERAM SEUS CABELOS RASPADOS NO PRESÍDIO DE BANGU 8 (FOTO: REPRODUÇÃO/GLOBO)

FERNANDO CAVENDISH E CARLINHOS CACHOEIRA, QUE TIVERAM SEUS CABELOS RASPADOS NO PRESÍDIO DE BANGU 8 (FOTO: REPRODUÇÃO/GLOBO)

A Justiça Federal emitiu no início da noite desta quarta-feira (27) as ordens de prisão contra o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, o contraventor Carlinhos Cachoeira e outros três presos da Operação Saqueador. Eles tiveram um habeas corpus derrubado horas antes. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal Federal e entregues à Polícia Federal.

Os habeas corpus foram suspensos nesta quarta pela 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal (TRF-2). A Operação Saqueador prendeu suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos.

O tribunal decidiu que Cavendish, Cachoeira outros três réus retornem para a cadeia, em prisão preventiva. A decisão foi unânime, com três desembargadores votando pela volta da prisão para os suspeitos.

Como a decisão, o tribunal restabelece a decisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que determinava o cumprimento da prisão preventiva em regime fechado.

Durante a sessão, o presidente do tribunal, o desembargador Paulo Espírito Santo disse que “o país não suporta mais a corrupção, a impunidade, e não botar na cadeia os mais ricos”. Antes, o relator do caso, Abel Gomes, já tinha votado pela volta da prisão dos suspeitos. O último desembargador a se pronunciar, André Fontes, acompanhou o voto dos dois colegas.

Cachoeira, Adir Assad, Cláudio Abreu e Marcelo Abbud foram presos no dia 30 de junho. Cavendish estava no exterior e foi preso no dia 2 de julho, ao retornar ao Brasil.

Os cinco deixaram o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no dia  11 de junho, o TRF-2 transformar a prisão preventiva em prisão domiciliar e o após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar a soltura.

Alegações
Na sessão, a defesa de Cavendish alegou que ele precisaria ficar em casa com as filhas gêmeas de seis anos, já que ele é o único responsável pelas meninas desde a morte da mãe em um acidente aéreo.

Já o Ministério Público defendeu a volta dos envolvidos para o presídio sob alegação de que se isso não ocorrer, eles poderão fugir do país e colocar em risco todo o processo. O órgão lembrou ainda que, segundo levantamento da PF, Cavendish viajou 15 vezes para o exterior – e só levou as filhas em quatro ocasiões.

Foram analisadas três possibilidades, a partir dos pedidos de habeas corpus: os presos voltarem para o presídio, como defende o MP; permanecerem em prisão domiciliar; e o pedido da defesa, de suspensão da prisão preventiva com liberdade para morar e trabalhar onde quiserem.

Imediatamente após a sessão, o advogado de Cachoeira, Cleber Lopes, disse que vai recorrer da decisão ao STJ. A Sétima Vara Federal ainda não havia sido notificada da decisão até as 17h35.

Devido à falta de tornozeleiras eletrônicas no estado, os réus cumpriram prisão domiciliar sendo monitorados por agentes da Polícia Federal (PF) após terem deixado o presídio no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu que o STJ reveja a decisão.

Fernando Cavendish está cumprindo a pena em sua residência, na Zona Sul do Rio. Já Cachoeira ficou num hotel em Copacabana.

G1 RIO

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