A morte do voluntário de 33 anos que participava dos testes da Coronavac, a vacina chinesa para imunização contra o novo coronavírus, se deu por suicídio, aponta laudo do Instituto Médico Legal (IML) obtido pela TV Cultura.
“O evento adverso não tem necessariamente relação com a vacina, diz respeito a um voluntário que tirou a própria vida”, afirmou o âncora Aldo Quiroga da TV Cultura, no Jornal da Tarde desta terça-feira (10/11).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu interromper temporariamente, nessa segunda-feira (9/11), os estudos clínicos da vacina justamente por causa desse “evento adverso grave”.
“O evento ocorrido no dia 29/10 foi comunicado à Agência, que decidiu interromper o estudo para avaliar os dados observados até o momento e julgar o risco/benefício da continuidade do estudo”, informou a Anvisa, em nota.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, se disse indignado com a suspensão temporária dos estudos da Coronavac. Em coletiva realizada nesta manhã, ele destacou que a morte não teve relação com a vacina.
De acordo com o presidente do instituto, a notícia sobre a interrupção dos estudos clínicos da Coronavac “causa surpresa, insegurança e, no nosso caso do Butantan, indignação”.
“Podemos ter um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Por exemplo, uma pessoa sai de manhã e é atropelada ao sair de casa. Isso é um evento adverso, que tem que ser reportado”, disse.
Metrópoles