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Categoria: Educação

Rossandro Klinjey dá início à Festival de Lives em comemoração aos 22 anos do Mundial Colégio e Curso

FOTO: DIVULGAÇÃO

Em comemoração aos seus 22 anos, o Mundial Colégio e Curso – escola líder na Zona Norte de Natal – realiza, a partir desta sexta-feira, dia 17, um Festival de Lives em seu perfil no Instagram. Serão sete encontros virtuais com convidados especiais que vão bater vários papos sobre temas super relevantes para toda a comunidade escolar.

Com o projeto, a escola tem o objetivo de contribuir e oportunizar a troca de experiências, vivências e aprendizagens dos estudantes e familiares, e claro, celebrar e confraternizar com todos o aniversário da escola. “Estamos muito felizes de comemorarmos os 22 anos do nosso Mundi com esse festival de lives. Pensamos em como oferecer a sociedade aquilo que temos de melhor, que é a excelência no educar, então nos unimos a nomes expressivos da educação e saúde para debatermos temas importantes na atualidade”, explica a diretora e coordenadora pedagógica do Mundial, Sheila Dantas.

As lives serão conduzidas por Kelly Dantas, diretora administrativa da escola. Segundo ela, as temáticas abordadas vão agregar valor na vida de todos, desde os estudantes até os responsáveis. “São 22 anos educando com afeto e confiança, então, nada mais justo que retribuir a todos que fizeram, fazem ou vão fazer parte da nossa história o nosso legado na Educação potiguar”, acrescenta.

A primeira live terá como tema “A importância da educação socioemocional para uma melhor qualidade de vida” e será realizada na sexta, às 19h. Os convidados da noite serão o psicólogo, especialista em educação e desenvolvimento humano, professor, escritor e co-fundador da Educa21, Rossandro Klinjey, e o executivo da área de educação, escritor, palestrante e co-fundador da Educa21, Jaime Ribeiro.

Para participar, basta acessar o perfil da escola no Instagram https://www.instagram.com/mundialcc no horário e acompanhar ao vivo.

O Mundial possui educação bilíngue a partir do nível II, salas de aula com multimídia, formação integral voltada ao desenvolvimento humano, musicalização e ensino de robótica, incentivo ao esporte e educação física, Sistema Positivo de ensino, curso preparatório para o IFRN, oficinas de redação, aulas preparatórias para olimpíadas de conhecimento, carga horária ampliada para o ensino médio, mostra de profissões e orientação vocacional.

AGENDA DE LIVES:

17/09 – às 19h – Rossandro Klinjey, psicólogo e Jaime Ribeiro, ceo Educa 21 – Viva a Vida – Educação sócio-emocional para uma melhor qualidade de vida.

24/09 – às 19h30- Pof. Felipe Da Hora, Mestre em Química, com formação em University of Misourru – Kansas City (EUA), professor do Mundial e Robô Ciência – A relevância da robótica educacional e sua influência nas profissões do futuro

01/10 – às 19h30 – Dra. Regina Kotke, pediatra – A importância do desenvolvimento na primeira infância

05/10- às 19h30 – Caroline Maciel, bióloga, mestre e doutoranda em Educação pela PUC RJ – 10 passos inspiradores para formar leitores na escola

08/10 – às 19h30 – Porfa. Nicole Pojo pedagoga especialista em políticas educacionais, consultora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino (SPE)– Escolas transformadoras: formação integral e humanizada ainda é possível?

14/10 – às 19h30 – Teacher Antonio Souza, professor e consultor pedagógico do PES – O papel da escola na formação de cidadãos globais

22/10 – às 19h30 – Ellen Morais, engenheira agrônoma e socio fundadora da Sóllido Soluções Ambientais – Educação sustentávavel: plantando hoje para colher amanhã

Universidades federais não têm prazo definido para retomar aulas presenciais no RN; UERN marca volta para fevereiro

FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

As instituições de educação superior federais do Rio Grande do Norte ainda não definiram quando vão retomar as aulas presenciais, suspensas desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020. Apesar disso, propostas são analisadas internamente.

Na Ufersa, uma proposta debatida atualmente é de retorno em janeiro do próximo ano. No IFRN, que conta com cursos técnicos de nível médio e também de nível superior, a ideia é de retomada em novembro deste ano, em formato híbrido.

Maior universidade pública do estado, a UFRN não divulgou possíveis prazos para a retomada das aulas presenciais.

Já a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) informou que aprovou um calendário com volta às aulas presenciais marcada para 2 de fevereiro de 2022. Apesar disso, alertou que a data pode ser alterada de acordo com a situação da pandemia.

Ufersa

Sediada em Mossoró, assim como a UERN, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) afirmou que planeja o retorno gradual e seguro com aulas presenciais em janeiro.

Para isso, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) tem feito reuniões e visitas técnicas nos quatro campi da Ufersa. O semestre letivo de 2021.2 tem previsão para começar no dia 17 de janeiro de 2022.

Porém, a proposta ainda deve ser discutida com as associações e sindicatos de professores e servidores, além dos conselhos superiores.

“Os estudantes serão comunicados antecipadamente, mas desde já avisamos as famílias que o retorno presencial só se dará no próximo ano”, disse a reitora, Ludimilla Oliveira.

IFRN

No Instituto Federal do Rio Grande do Norte, a previsão é que as aulas sejam retomadas inicialmente de forma híbrida, a partir do início do segundo semestre letivo de 2021 do IFRN, que começa em novembro.

As propostas sobre o tema foram elaboradas por uma comissão coordenada pela Pró-Reitoria de Ensino do IFRN e vão ser analisadas nesta sexta-feira (17) pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepex) e na próxima sexta (24) pelo Conselho Superior (Consup).

Somente após essas reuniões, a instituição diz que terá uma “definição efetiva” sobre o assunto.

UFRN

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), não divulgou nenhuma possível data de retorno. A última decisão da instituição é de que o próximo semestre, de outubro a fevereiro de 2022, será todo remoto, mantendo permitidas atividades presenciais de disciplinas práticas, como ocorre desde 2020.

Ainda de acordo com a universidade, o retorno presencial dos trabalhos administrativos, técnicos e de gestão vem acontecendo de maneira gradual e escalonada e segue até o dia 1° de outubro. Ainda assim, os servidores deverão trabalhar em escala, a depender do número de pessoas e o espaço de cada setor.

Educação básica voltou em julho

Na educação básica, estado e prefeituras retomaram atividades na rede pública em julho de 2021 e a previsão da Secretaria Estadual de Educação é que de que pelo menos as instituições estaduais estejam com 100% dos alunos em sala de aula a partir de 4 de outubro, seguindo o cronograma de retomada.

Ainda de acordo com a pasta, nenhum surto foi registrado nas escolas estaduais, nem houve casos de Covid confirmados, mas apenas algumas pessoas afastadas por sintomas gripais.

Professores e servidores da educação, de todos os níveis, já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

G1RN

CEI Mirassol e Zona Sul abrem matrículas para 2022 e inscrição para bolsas de estudos

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Sempre ocupando lugar de destaque no ranking de aprovação do ENEM no Rio Grande do Norte, os colégios CEI Mirassol e Zona Sul iniciaram o processo de matrículas para o ano de 2022, abrindo também a oportunidade para que novos alunos façam inscrição e concorram a bolsas de estudos, através de processo seletivo. As matrículas podem ser feitas através do site ou nas secretarias das duas escolas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Os pais também podem agendar visitas para conhecer a estrutura das unidades de ensino.

Os colégios estão disponibilizando vagas para alunos dos 2 aos 17 anos de idade (checar a informação sobre idades), preenchendo todas as lacunas da formação. Além das disciplinas da grade curricular regular e de atividades como esportes, música, teatro e ensino bilingue, os alunos também têm acesso as chamadas “matérias eletivas”, oferecidas sem custos adicionais, e que envolvem temas de inovação como “Astronomia”, “Fotografia”, “Fabricação de Cosméticos”, “Criação de Aplicativos”, Do desenho a Animação”, entre outros.

BOLSAS

Já as bolsas de estudos que contemplam descontos na mensalidade são concedidas para estudantes que se destacarem no exame para admissão no estabelecimento de ensino, sendo o benefício destinado para alunos do Ensino Fundamental (6º ao 9º) e Ensino Médio. 

Corina Amorim destaca que as duas instituições de ensino têm um grande diferencial próprio: o estímulo ao aprendizado amplo, não apenas de disciplinas obrigatórias, mas o incentivo ao conteúdo eletivo, em que cada aluno é protagonista do seu próprio conhecimento e desenvolve habilidades para se tornar um ser humano mais completo e adaptável ao contexto em que vive. 

Segundo ela, O CEI Mirassol e o Zona Sul são escolas adaptadas totalmente para o ensino de excelência, usando a tecnologia em benefício do aprendizado e do estímulo à inovação.

Nova e moderna sede do Colégio Porto, com entrega em 2022, vai valorizar a integração entre os estudantes

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A partir de 2022, Natal ganha uma das estruturas escolares mais modernas do estado, com a nova sede do Colégio Porto, que passa a funcionar na Rua Felipe Cortez, fazendo esquina com a Avenida Nascimento de Castro, no bairro de Lagoa Nova. O local foi projetado para revolucionar o conceito de educação, com o que há de melhor em suporte ao aluno, dentro e fora da sala de aula.

A escola divulgou novas imagens da sede, que conta com laboratórios equipados com alta tecnologia, centro olímpico para a prática de esportes, salas de aula com isolamento acústico, rooftop com espaço de convivência e uma midiateca, que integrará biblioteca, cabines de estudo individualizado e salas para estudo em pequenos grupos. “A nova sede do Colégio Porto vai proporcionar um aprendizado com tecnologia e inovação”, disse, confiante, o aluno Bernardo Mansur, da 1ª série do ensino médio.

O prédio faz parte do planejamento de expansão do Colégio Porto, que passa a contar a partir de 2022, com turmas do 6º e 7º ano no ensino fundamental, oferecendo uma proposta educacional completa, até a preparação para o Enem.  “Eu sinto que a comunidade Porto vai crescer muito com essa nova sede”, afirmou a aluna Cecília Aladim, do 8º ano.

No novo espaço, que está com as obras em andamento, a metodologia de ensino humanizado, que já é uma marca registrada da escola, seguirá sendo aplicada na formação dos estudantes para os desafios do aprendizado e da vida em sociedade. O design interno foi inspirado nas universidades americanas, valorizando a integração.

Escolas se antecipam a legislações e tratam do combate aos haters em sala de aula

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Durante as últimas semanas, projetos de lei sobre o combate aos haters têm sido apresentados nos âmbitos municipal, estadual e até nacional, com destaque para o papel da escola. Algumas instituições de ensino em Natal, porém, já se adiantaram e incluíram segurança e boas práticas no meio digital no conteúdo abordado em sala de aula.

É o caso do Complexo Educacional Contemporâneo, que tem adaptado o seu programa de combate ao bullying de acordo com o surgimento de novos temas. Primeiro foi a cultura do cancelamento e agora, a ação dos haters nas redes sociais. A escola quer mostrar aos alunos que as ações de exclusão e julgamento não são saudáveis para ninguém.

De acordo com Thaina Carvalho, diretora pedagógica do Contemporâneo, colégios não podem ser reduzidos a transmissores de conhecimento. “Esse modelo tem ficado ultrapassado com as discussões sobre a importância de os jovens se expressarem e entenderem sentimentos. Um ótimo currículo deve contemplar o desenvolvendo das habilidades socioemocionais”, conta ela.

Um dos professores que tem abordado o combate aos haters em sala de aula é Danilo César. Entre uma lição e outra de Inglês, ele dialoga com os alunos sobre como se proteger do discurso de ódio na internet e não ajudar a promovê-lo. “Muitas vezes os ataques acontecem entre adolescentes e a nossa intenção é mostrar o peso que os comentários podem ter, o que tem sido muito bem aceito pelos estudantes”, explica o professor.

As novas legislações sobre o tema foram motivadas pela morte de Lucas Santos, jovem de 16 anos vítima de ataques em uma rede social. Segundo Thaina, apesar dele não integrar a comunidade, muitos estudantes se colocaram em seu lugar, por terem a mesma idade ou já terem vivido experiências semelhantes. Parte dos projetos de lei levam o nome do adolescente.

Danilo César diz que as famílias também podem atuar, levando em conta que os haters querem publicidade. Por isso mesmo, como orienta o educador, quanto menos atenção eles receberem, menos interessados estarão em continuar. E o mais importante: os jovens não devem guardar o peso das críticas para si e precisam encontrar na escola e em casa um ambiente seguro para compartilhar.

Natal: MPRN recomenda tratamento prioritário para alunos com deficiência na retomada de aulas presenciais

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) recomendou à Prefeitura de Natal que, diante do gradual retorno das aulas presenciais nas escolas públicas municipais, garanta o tratamento prioritário aos alunos com deficiência. O documento está publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do sábado (14).

A medida orientada inclui a necessidade de não participar do rodízio entre aulas presenciais e remotas, caso exista a necessidade de preservação da rotina do aluno, se as avaliações sobre o padrão de aprendizagem desse indivíduo assim indicarem. E ainda quando o citado rodízio implicar em prejuízo ao aprendizado e desenvolvimento do aluno ou, ainda, se não for possível a escola garantir a acessibilidade ou os apoios necessários para a aprendizagem do aluno com deficiência, altas habilidades/superdotação ou transtornos globais de desenvolvimento por meio de aulas remotas, assim procedendo em relação a todos os alunos que são público-alvo do atendimento educacional especializado.

A 9ª Promotoria de Justiça de Natal, com atribuições na defesa dos direitos da pessoa com deficiência e do idoso, está fazendo o acompanhamento quanto ao direito dos alunos com deficiência, das políticas públicas e protocolos de combate à Covid-19 que são adotados para o retorno das aulas presenciais nas escolas públicas municipais de Natal.

E para emitir a recomendação, a unidade ministerial considerou  notícia publicada em internet sobre a Secretaria Municipal de Educação de Natal ter negado a permanência de aluno com transtorno do espectro autista nas aulas presenciais, de modo que não participasse do rodízio entre aquelas e as aulas remotas.

Uma resolução do Ministério da Educação expressa que “os sistemas educacionais, por meio de suas equipes educacionais e, em permanente diálogo com a família, garantam que os estudantes atendidos na Educação Especial tenham acesso às atividades remotas e/ou presenciais, com especial atenção às condições de acesso aos meios e tecnologias de comunicação e informação, disponibilizando apoios necessários para que o atendimento escolar e o Atendimento Educacional Especializado ocorram de acordo com as especificidades de cada estudante” e que “o sistema de ensino e as instituições escolares responsabilizem-se pela garantia de recursos pedagógicos a serem utilizados no processo educacional e no serviço de Atendimento Educacional Especializado e pela equipe educacional – professores da Educação Especial e regentes, pelas orientações necessárias e para que os estudantes possam utilizá-los de modo funcional e favorável a aprendizagens significativas”.

E ainda que “os estudantes da Educação Especial devem ser acompanhados de forma mais intensa no processo de saída do isolamento, cabendo aos espaços de escolarização e aos espaços de Atendimento Educacional Especializado empreender estratégias de avaliação diagnóstica e de elaboração de planos de recuperação de aprendizagem, de acordo com os resultados e singularidades de cada estudante, seu Plano de Atendimento Educacional Especializado e seu desenvolvimento nas atividades remotas”.

Candidatos do Prouni 2021 podem se inscrever em lista de espera do segundo semestre

FOTO: MD DURAN/UNSPLASH

Os candidatos interessados em fazer parte do Programa Universidade para Todos (Prouni) e que não foram selecionados nas duas chamadas do segundo semestre deste ano podem manifestar interesse de entrar na lista de espera. O prazo abre nesta terça-feira (17) e se encerra na quarta (18).

Para isso, é preciso acessar a página do Prouni (http://siteprouni.mec.gov.br/) para declarar o interesse. Os resultados saem na sexta (20).

O Prouni oferece bolsas de estudo parciais (que cobrem 50% da mensalidade) e integrais (100%) para cursos de graduação e de formação continuada em universidades particulares.

Embora o sistema permita que os candidatos escolham até duas opções de instituição, local de oferta, curso, turno, tipo de bolsa e modalidade de concorrência, a lista de espera não tem essa opção. Ela será única para cada curso e turno de cada local de oferta.

Quem pode concorrer?

Para disputar uma das bolsas de estudo, o candidato será avaliado conforme a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a análise da renda familiar.

É necessário se encaixar em uma das seguintes categorias:

  • ter cursado o ensino médio completo na rede pública;
  • ter sido bolsista integral em escolas particulares durante todo o ensino médio;
  • ter alguma deficiência;
  • ser professor da rede pública de ensino, na educação básica.

Com exceção dos docentes, os demais candidatos não podem ter diploma do ensino superior.

Há também critérios de renda: São duas modalidades:

  • bolsa integral: renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo;
  • bolsa parcial (50% da mensalidade): renda familiar mensal per capita de 1,5 a 3 salários mínimos.

Datas do Prouni do 2º semestre de 2021

  • Prazo para participar da lista de espera: 17 a 18 de agosto
  • Divulgação da lista de espera: 20 de agosto
  • Comprovação de informações da lista de espera: 23 a 27 de agosto

G1

MEC aprova cursos de Direito a distância e reabre debate entre especialistas

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Mais de dez instituições de educação superior anunciaram neste mês de julho que tiveram seus pedidos de criação de cursos de Direito na modalidade a distância aprovados pelo Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por analisar os projetos.

Desde 2009, diversas instituições buscavam o credenciamento junto ao MEC de cursos de Direito feitos de forma 100% virtual. Os pedidos ficaram parados durante anos, mas de acordo com o Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior (Semesp), cerca de 90% das instituições com pedidos de autorização relataram movimentações recentes em seus processos.

Um dos motivos relatados para o rápido andamento e as autorizações recebidas pelas instituições foi o fato de que, a partir de abril de 2021, em decorrência da pandemia de Covid-19, o Inep começou a fazer as visitas de forma virtual. Os avaliadores fazem entrevistas online e verificam as instalações das faculdades por meio de câmeras, o que dispensa viagens.

Foi nesse contexto que instituições particulares anunciaram que receberam avaliações positivas do MEC, alcançado uma etapa mais adiantada do processo de credenciamento, algo inédito para o curso de Direito.

A liberação para que as instituições abram processo seletivo e façam matrícula de estudantes ainda depende de autorização final do MEC, com publicação no Diário Oficial da União.

A questão gera muitas dúvidas e questionamentos sobre o futuro do ensino jurídico no país, pois a demanda pelo ensino a distância cresceu muito nos últimos anos, especialmente durante a pandemia. Segundo o Mapa do Ensino Superior no Brasil do Semesp, a rede privada registrou um aumento de 9,8% nas matrículas em cursos EaD durante o primeiro semestre de 2021.

Para o diretor da Faculdade de Direito da USP, Floriano de Azevedo Marques, a implantação de cursos de Direito na modalidade a distância é “altamente temerária”. Diz acreditar que a medida é um desserviço tanto para o ensino jurídico quanto para o direito do consumidor.

 O diretor ressaltou que a experiência do ensino na forma remota, ocasionada pela pandemia, demonstrou quanto é difícil a promoção de um bom curso de direito em ambiente virtual. A universidade fez o possível para continuar com as mesmas atividades, mas, de toda forma, o ensino a distância trouxe perdas relevante ao processo de aprendizagem. “Tornar perene o ensino remoto pode eternizar a precariedade do ensino jurídico”, pontuou.

Segundo Floriano, a aula presencial é insubstituível, tanto pela interação do professor com o aluno, quanto pela interação entre os alunos, pois o Direito é uma ciência social e não deve se transformar em “!pílulas de conhecimento”.

“Há uma série de atividades interativas que demandam a participação do aluno, e algumas abordagens de ensino que são incompatíveis com o ensino remoto. O curso de direito virtual não vai formar um jurista.”

Além disso, na opinião do professor, recrutar consumidores para cursos 100% online vende a falsa ilusão de que essas pessoas terão uma experiência adequada, mas acaba sendo vendida uma ilusão.

José Rogério Cruz e Tucci, sócio do escritório Tucci Advogados Associados e professore de Direito da USP, não concorda com esse modelo de curso para ensino do Direito. Na sua opinião, como o MEC já considerou que diversos cursos de pós-graduação não tinham qualidade suficiente na forma virtual, disse acreditar que a graduação também não atinge os padrões de qualidade necessários para uma boa formação.

Engels Rêgo, diretor da Unyleya, uma das instituições aprovadas pelo MEC, ressaltou que o curso 100% digital possibilita o acesso de pessoas que têm dificuldade de frequentar um determinado local físico ou que necessitem de total flexibilidade de tempo e ritmo.

“O advento da pandemia da Covid-19 fez com que os cursos passassem a ser oferecidos de maneira remota, mas isso é diferente de conceber um programa realmente a distância, com toda a metodologia e tecnologia que a modalidade requer. Com a autorização do MEC, o mercado poderá ter um curso efetivamente digital, concebido para os dias atuais e formando profissionais para o presente e o futuro da prática do Direito”, afirmou.

Em publicação no site da Uninter, a coordenadora e organizadora da grade curricular do curso de Direito EaD, Tiemi Saito, afirmou que a proposta não é apenas transportar a matriz curricular do Direito presencial e projetar as aulas expositivas de forma gravada.

Segundo ela, foi preciso estruturar um novo curso de Direito, o que comprova que é possível otimizar a aprendizagem das ciências jurídicas pelo ensino a distância e utilizando-se de ferramentas tecnológicas não como meros aparatos, mas como ferramentas efetivas no processo de ensino e aprendizagem.

Tiemi ressaltou que o ensino a distância torna possível o sonho de diversos brasileiros que, por razões circunstanciais, culturais e econômicas, não conseguiam antes se formar em Direito. “É democratizar o acesso à justiça e o acesso ao ensino jurídico de qualidade.”

A opinião da OAB

Quando surgiram os primeiros pedidos de credenciamento de cursos de Direito EaD, a Ordem dos Advogados do Brasil fez pressão política contra os andamentos desses processos.

Com a retomada de alguns processos de autorização, no final de 2019, a Ordem entrou com um pedido liminar na 7ª Vara Federal do Distrito Federal requerendo o reconhecimento da inviabilidade da oferta de cursos de Direito a distância.

Foram apresentados dois argumentos principais: inexistência de regulamentação específica que autorize a oferta de cursos de Direito a distância e a incompatibilidade entre as diretrizes curriculares da graduação jurídica, que tem a prática como eixo nuclear.

A OAB também sustentou que o Brasil não comporta mais cursos na área de Direito e que as novas vagas não atendem aos padrões de qualidade.

Atualmente, já há mais de 1,8 mil cursos de Direito, com cerca de 350 mil vagas anuais. O Brasil está entre os países com mais advogados no mundo: são 1,2 milhão de profissionais do ramo, ou seja, um advogado a cada 174 habitantes. Já o “estoque de bacharéis” em Direito, aqueles que se formaram, mas não passaram no exame da Ordem, é de 2,5 milhões, que é um indicativo da baixa qualidade de alguns cursos, segundo a entidade.

A Ordem acabou derrotada sob o argumento de que a fiscalização dos cursos não cabe às entidades representativas de classe, mas ao MEC.

Em 2020, a OAB ainda ajuizou uma arguição de descumprimento de preceito fundamental no Supremo Tribunal Federal, com objetivo de suspender a autorização de novos cursos e a expansão de vagas, tanto no ensino presencial quanto no EaD. O pedido foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Conjur