“Ela partiu no fim de agosto, em plena pandemia. Não morreu de Covid, mas foi colocada dentro de um saco como todos; foi-se sem eu vê-la, sem eu me despedir. Enfiaram o corpo dentro de um caixão e não conseguimos nem colocar uma roupa, não a vimos no pós-morte”, comentou a atriz em entrevista à coluna de Patrícia Kogut.
“Sei que foi um até logo. Pedi muito para que minha mãe fosse bem recepcionada, bem cuidada, que os espíritos a conduzissem para um bom lugar. É tão forte. Sinto saudade, queria ter segurado a sua mão. Passei meses dizendo à minha irmã: ‘Dinha, estou me organizando para ir aí. Quero ficar segurando a mão da mamãe. Eu queria só estar perto segurando a mão dela’. Mas minha família me disse que, dias antes, ela estava cantando muito, estava divertida. Ela estava em paz. Estavam todos em paz, prontos”, disse.
A atriz, que viveu a icônica Maria Marruá em ‘Pantanal’, está na expectativa para o remake da novela. “Fiz essa novela emblemática no início dos anos 1990. Agora é um reinício de um novo jeito de fazer. O público pediu aquilo e veio. Foi lindo o que eu fiz. Agora quero nem que seja abrir uma porta. Se me convidarem para eu fazer uma passagem ali no fundo, no primeiro episódio, eu vou me sentir muito satisfeita. E agora provavelmente deve surgir uma velhinha (risos). Eu acho que sim (que fará a obra). Fico feliz de, aos 63 anos, com essa quantidade de rugas, ter muita vontade de mostrar um trabalho cada vez melhor, de estar ao lado de gente que faz tão bem”, finalizou.
IstoÉ