
O julgamento do Caso Zaira entra no terceiro dia nesta quarta-feira (3), com previsão de retomada dos trabalhos às 8h30, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. A sessão será dedicada à oitiva da última assistente técnica indicada no processo e, em seguida, ao interrogatório do réu, o policial militar Pedro Inácio Araújo, acusado de estupro e homicídio da jovem Zaira Dantas Silveira Cruz, em 2019.
Após o interrogatório, começam os debates entre acusação e defesa, etapa final antes da decisão do júri. O julgamento é presidido pelo juiz Valter Flor, da 2ª Vara Criminal de Natal, e segue com acesso restrito ao público.
A nova fase do júri ocorre seis anos após o crime que mobilizou o estado e ganhou repercussão nacional. Esta é a segunda vez que Pedro Inácio é levado a júri popular.
Cronologia do Caso Zaira
2 de março de 2019 — O crime
A estudante Zaira Dantas, de 22 anos, foi encontrada morta dentro do carro do policial militar Pedro Inácio, em pleno sábado de Carnaval, no município de Caicó, região Seridó do RN. O réu é acusado de estupro e homicídio.
2019 — Trâmite inicial em Caicó
O processo começa na 3ª Vara da Comarca de Caicó. A defesa solicita desaforamento alegando risco à imparcialidade do júri na cidade. O Tribunal acata o pedido e transfere o julgamento para Natal.
Junho de 2025 — Primeiro júri é cancelado
O primeiro julgamento é interrompido no segundo dia de sessão. A defesa abandona o plenário alegando cerceamento após o juiz indeferir perguntas direcionadas à vítima. Na ocasião, o conselho de sentença já havia concluído a oitiva das testemunhas da acusação.
1º de dezembro de 2025 — Novo julgamento
Começa o segundo júri popular no Fórum Miguel Seabra Fagundes. Com acesso restrito, o julgamento tem previsão de durar cinco dias, reunindo depoimentos presenciais e remotos.
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