O jipeiro Ailton Berto da Silva começou a ser julgado na manhã desta segunda-feira (23). O homem é acusado de matar o amigo Fantone Henry Filgueira Maia. O crime aconteceu no dia 30 de novembro de 2019, durante uma confraternização na praia de Santa Rita, em Extremoz.
O julgamento ocorre no Fórum Desembargador Francisco Lima, na cidade da Região Metropolitana de Natal. A primeira testemunha a ser ouvida pela juíza Gisele Guedes lembrou como foi a festa. Segundo o homem, quando o réu chegou à festa afirmou que as pessoas eram falsas e perguntou se tinha alguém armado.
A testemunha pontuou também que viu o réu com uma pistola e três pentes, que nenhuma vítima estava com arma. Além disso, ele destacou que estava na festa com os filhos, um menino de 8 anos e uma menina de 10 anos à época, frisando que as crianças são atendidas por psicólogos, pois presenciaram o crime.
Durante a manhã de julgamento, o advogado questionou a testemunha sobre a versão de Ailton, que chegou a dizer que a testemunha havia colocado uma pastilha na bebida dele. O homem negou que tivesse feito qualquer brincadeira com o acusado.
Outra testemunha ouvida nesta segunda-feira foi Ivo Bruno. Ele foi um dos três baleados no dia da confraternização no litoral Norte. A expectativa é que o julgamento dure três dias. Foram arroladas 33 testemunhas, entre defesa e acusação. Ailton Berto da Silva deverá ser ouvido nesta terça-feira (24).
A mãe de Fantone, dona Fátima Maia, chorou ao lembrar do filho. Segundo o relato dela, o filho e o réu eram muito amigos, nunca haviam brigado e que ela tratava Ailton com muito carinho.
Relembre o crime
Era noite do dia 30 de novembro de 2019. Um grupo de amigos jipeiros estavam em uma casa de praia em Santa Rita. Após um mal entendido, Ailton sacou uma arma de fogo e atirou em quem estava perto dele. Fantone foi o primeiro a ser atingido. Além dele, outras duas pessoas foram baleadas, Arthur Coste e Ivo Bruno. Eles ficaram internados por quase um mês e deixaram o hospital juntos.
Ailton Berto fugiu após o crime e foi preso pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no dia 6 de dezembro. Em abril de 2020, ele foi colocado em liberdade, mas voltou a ser preso poucos dias depois.
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