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Captação de som e videomonitoramento: saiba como é o presídio de segurança máxima para onde foram os chefes do CV

FOTO: DIVULGAÇÃO

Os sete chefes do Comando Vermelho (CV) transferidos nesta quarta-feira (12) do Rio de Janeiro para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, vão enfrentar uma rotina muito mais restrita e vigiada.

A penitenciária de segurança máxima possui um sistema de captação de som ambiente, além de monitoramento de vídeo. Todos os procedimentos de rotina são acompanhados por câmeras.

O espaço também tem body scan – equipamento que examina o corpo através da imagem-, raio-x e detector de metais, além de sistemas de inteligência. A estrutura física, que ocupa uma área de 12,6 mil metros quadrados, é reforçada e resiste a invasão e fuga.

Catanduvas tem capacidade para 208 presos que ficam em celas individuais. Segundo o regulamento da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), os detentos passam 22h por dia em regime de isolamento e apenas duas horas no banho de sol, que é monitorado por agentes e pelo sistema de vigilância.

Lá não é permitida a entrada de itens de higiene, alimentação e vestuário, diferente do que ocorre em outros tipos de unidades prisionais. Todos esses itens são fornecidos pela própria penitenciária.

Toda vez que sai do dormitório, os presos são revistados. As celas também são revistadas. Nenhum tipo de comunicação externa é permitida. E a comunicação com familiares e advogados é feita através de parlatório ou videoconferência.

Nova rotina

Os sete líderes do CV vão ficar isolados por 50 dias no presídio federal como parte do protocolo de entrada na unidade. Nesse período, não vão poder receber visitas de familiares e nem manter contato com outros presos. O banho de sol neste período vai acontecer em solários individuais.

Os primeiros 20 dias são considerados como o tempo de adaptação. Nele, cada um dos detentos é informado dos seus direitos e deveres. Após esse período, eles podem requerer a visita de familiares, mas o pedido leva 30 dias para ser analisado, podendo ser aceito ou não.

Eles terão direito a seis refeições, além das duas horas de banho de sol. Também é garantido o atendimento médico, odontológico, farmacêutico e psicológico.

Transferência

Os sete chefes do CV, que estavam na Penitenciária Laércio da Costa Peregrino, conhecido como Bangu 1, começaram a ser transferidos para presídios federais de segurança máxima, nesta quarta, pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ).

A operação para levar os chefes do tráfico para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, contou com uma forte escolta com cerca de 40 policiais do Serviço de Operações Especiais (SOE), do Grupo de Intervenção Tática (GIT) e da Divisão de Busca e Recaptura (Recap). Lá, a guarda dos traficantes foi passada para a Polícia Federal.

No aeroporto, os traficantes foram posicionados em uma fila. Em seguida, foram encaminhados para a aeronave, um por vez. No avião, foram levados para Catanduvas. Depois, serão transferidos para os presídios federais de Mossoró, Brasília, Campo Grande e Porto Velho.

Correio 24h

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