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Campanha eleitoral tem 1 candidato assassinado a cada três dias no país

FOTO: ILUSTRAÇÃO

Ao menos 15 candidatos nas eleições municipais deste ano foram assassinados no país desde o dia 17 de setembro, primeiro dia após o fim das convenções realizadas pelos partidos que oficializaram as candidaturas.

Foram mortos 14 candidatos a vereador e um candidato a prefeito em cidades de interior em 12 estados, o que significa uma média de assassinato ligado à eleição a cada três dias.

Ainda foram registrados no mesmo período ao menos 19 tentativas de assassinato de candidatos com armas de fogo. Em parte dos casos, os candidatos chegaram a ser atingidos por tiros, mas sobreviveram.

O levantamento é do professor Pablo Nunes, doutor em ciência política e coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania. Desde janeiro, ele já registrou a morte de pelo menos 80 políticos no país, dentre pré-candidatos, candidatos, ocupantes e ex-ocupantes de cargos eletivos.

O caso mais recente de violência ocorreu nesta segunda-feira, quando o vereador Jair Barbosa Tavares, o Zico Bacana (Podemos), foi baleado durante evento de campanha na zona norte do Rio de Janeiro. Candidato à reeleição, ele foi atingido na cabeça e, segundo sua assessoria, está bem.

Zico é policial militar e foi citado no relatório final da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio em 2008. No documento, ele foi apontado como líder da milícia que atuava em Guadalupe, na zona norte.

Pará, Paraíba e São Paulo estão entre os estados que mais registraram episódios de violência nesta campanha, quatro cada um. No Pará, houve um candidato a prefeito morto e três candidatos a vereador alvos de atentados. A Polícia Civil investiga se os crimes têm motivação política.

O candidato a prefeito do município de Dom Eliseu, no sudeste paraense, Adriano Sousa Magalhães (Solidariedade), foi assassinado no último dia 7 de outubro enquanto comia um lanche na rua.

Com informações da Folha de S. Paulo

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