Diante da baixa cobertura vacinal, o Ministério da Saúde decidiu, nesta quinta-feira (25), prorrogar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza até o dia 9 de junho, em todo território nacional. Em Natal, até esta quarta-feira, dia 24 de maio, apenas 55% do público, o que corresponde a 95.149 pessoas, havia procurado as unidades de saúde para se imunizar. Natal conta com 74 salas de vacinas abertas de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h.
A Campanha segue para os grupos prioritários: crianças entre seis meses a menores de cinco anos, idosos, gestantes, puérperas, professores das redes pública e privada, população privada de liberdade, povos indígenas, funcionários do sistema prisional e portadores de doenças crônicas devem ser imunizados. A Secretaria de Saúde de Natal ressalta que a Influenza pode levar a óbito ou causar incapacitações, principalmente no público-alvo especificado pelo Ministério da Saúde (MS).
“A população deve procurar os postos de saúde que estão abastecidos com as doses da vacina. É necessário se vacinar, porque os vírus estão circulando e, nesse período de chuvas, as pessoas tornam-se mais suscetíveis para a disseminação, devido ao aglomerado de pessoas em locais fechados”, destaca Aline Bezerra, chefe do Setor de Vigilância Epidemiológica de Natal. A imunização assegurará, ainda, a redução do número de internações e óbitos decorrentes de complicações pela Influenza.
Comprovadamente o meio mais eficaz de prevenção da infecção gripal, a vacina tem ação imunitária durante 12 meses. Devido à mutação do vírus, a composição da vacina é atualizada a cada ano, com base nos dados de vigilância epidemiológica da gripe. Por isso, há a necessidade de fazer a imunização da população anualmente.
“A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza”, diz nota do Ministério da Saúde.
SEGURANÇA
A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.
PREVENÇÃO
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.