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“BULLYNG”: Justiça impede mulher chamada Dilma de trocar nome para Manuela

DILMA P. DISSE QUE “NUNCA GOSTOU DO NOME DE BATISMO”, E DEPOIS DO IMPEACHMENT DA EX-PRESIDENTA, TERIA PASSADO A SER MOTIVO DE PIADA. FOTO: REPRODUÇÃO

A Justiça de São Paulo negou a uma mulher chamada Dilma a possibilidade de trocar de nome. Na ação, ela dizia que passou a sofrer “bullying” por ser homônima da ex-presidente do Brasil e queria se chamar Manuela. A advogada de Dilma P., Isabelle Strobel, afirmou que sua cliente vai recorrer da decisão. Manuela, por sua vez, é uma homenagem ao pai que se chamava Manuel e não à D’Ávila.

“Continuo sofrendo bullying. Sei que o impeachment já aconteceu e a Dilma (Rousseff) aparece menos no noticiário. Mas não posso falar meu nome sem que pessoas deem risada. Não quero mais este nome”, afirmou Dilma P. em entrevista à BBC News Brasil.

Segundo a decisão judicial a que a BBC News Brasil teve acesso, “Dilma constitui prenome corriqueiro, sem qualquer conotação deletéria em si. Em princípio, não se trata de nome notoriamente vexatório”, escreveu o juiz Fábio Henrique Falcone Garcia, do Tribunal de Justiça de São Paulo.

HISTÓRIA

Em maio de 2018, quando entrou com a ação, Dilma P. disse à BBC News Brasil que “nunca gostou” do nome de batismo, mas que nunca havia pensado em mudá-lo até o impeachment de Dilma Rousseff. “Queria ter um nome mais popular, mas nunca pensei na vida em trocá-lo. Quando Dilma se tornou presidente, meu nome passou a ser mais conhecido e as pessoas diziam se tratar de um nome diferente. Ficavam surpresas que eu tinha o mesmo nome da presidente”, contou ela. “Mas o impeachment chocou o país. Quando falo meu nome, todo mundo se lembra de Dilma e as piadas começam“, completou.

Ela afirmou que, em seu antigo trabalho – passou dois anos como analista de relacionamento de um banco -, tinha de conversar com clientes via telefone e bate-papo online. Chegou, inclusive, a pedir ao supervisor para mudar o nome. Diante da negativa, precisou criar um “roteiro” para evitar ser alvo de zombaria. “Um cliente chegou a me dizer que, se eu estivesse diante dele, me mataria. Outro falou que não queria ser atendido por mim. Pedi ao meu superior que mudasse meu nome. Mas ele sugeriu que eu criasse um roteiro, de forma a explicar que eu apenas compartilhava o mesmo nome do da presidente. Não deveria, portanto, ser vítima da fúria das pessoas”, disse.

Com informações: UOL

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