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Bruno Covas: PSDB perdeu espaço para Bolsonaro por falta de punição a corruptos

FOTO: DIVULGAÇÃO

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), considera que dois fatores ajudam a explicar a perda de protagonismo de seu partido desde as eleições de 2018: a falta de determinação da legenda em defender suas posições e de punição aos quadros que se envolveram em corrupção.

Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, Bruno Covas, que já defendeu a expulsão de Aécio Neves do partido, ex-presidente da sigla e investigado por receber propina da empresa JBS, afirma que o partido não fez a “lição de casa”. Para ele, “não adianta apontar o dedo para o PT, dizer que é um absurdo os petistas irem para a rua defender Lula Livre, que é um condenado pela Justiça, enquanto isso acontece dentro do próprio PSDB. Fingir que nada está acontecendo”.

Ele também defende a investigação dos ex-governadores tucanos Geraldo Alckmin e José Serra, levadas adiante pela Lava Jato. Segundo o prefeito, todas as administrações devem ser investigadas.

“Que se investigue, que se verifique quem são os culpados. Tenho total confiança na Justiça, como também não tenho nada que conheça que possa macular a imagem seja do ex-governador José Serra seja do ex-governador Geraldo Alckmin. Confio na inocência deles, acho que eles vão provar isso e vamos aguardar o julgamento”, declarou.

Outro ponto abordado pelo prefeito de São Paulo foi a falta de coordenação do governo federal no combate ao coronavírus, que prejudicou o sistema de vigilância sanitária. Bruno Covas foi confirmado com covid-19 em junho e diagnosticado com câncer em outubro de 2019.

“Claro que a partir do momento que o governo federal deixa de participar do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e lava as mãos para que apenas prefeitos e governadores participem desse sistema, você tem um sistema que é capenga. Ele é baseado em três pilares, um dos três pilares não entrou”, afirmou. Entretanto, aponta, o Poder Executivo Federal não tem se furtado a ajudar a cidade que administra. “Todas as solicitações feitas pela Prefeitura de São Paulo ao Ministério da Saúde foram atendidas”, diz.

Congresso em Foco

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