Segundo a embaixada do Brasil em Beirute, no Líbano, não há relatos de brasileiros feridos pelas duas explosões que aconteceram nesta terça-feira, 4, em uma fábrica de fogos de artíficio perto do porto, na região central da cidade. Pelo menos dez pessoas morreram e centenas foram atingidas por estilhaços — várias se encontram em estado grave. O tráfego de ambulâncias no local é intenso.
“Todos os funcionários da embaixada estão bem e felizmente não há relatos de vítimas na comunidade brasileira que mora em Beirute”, disse Roberto Salone, encarregado de negócios da embaixada do Brasil, em entrevista à EXAME. “Mas a explosão foi muito séria.”
A embaixada do Brasil fica na região central. Os funcionários devem avaliar, nas próximas horas, a extensão dos danos sofridos pelo prédio.
O clima é de grande tensão na cidade. A explosão reverberou em mais de 5 quilômetros de distância da fábrica de fogos de artífico. Apartamentos em prédios em bairros distantes do porto foram devastados. Até o momento, a principal hipótese é que a explosção tenha sido acidental.
A região central da cidade abriga escolas, universidades, hospitais e lojas. Depois de uma quarentena de dois meses pelo coronavírus, o comércio reabriu. Julho e agosto são meses de férias escolares no Líbano. O fluxo de pessoas no centro, no entanto, costuma ser intenso.
Segundo a rede televisiva libanesa LBCI, foram registrados danos na residência do ex-primeiro-ministro Saad Hariri, que fica no centro de Beirute.
Exame