Um eletrotécnico de Guaraí, interior do Tocantins, procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrências contra Albert Einstein, morto em 1955. Ele acusa o físico alemão de “delito de perturbação mundial” por “incontáveis erros e transtornos na evolução e desenvolvimento científico do planeta” na Teoria da Relatividade, criada há mais de 100 anos.
Em nota ao UOL, a denúncia é tratada como “absurda” pela Polícia Civil. O caso foi registrado em 9 de dezembro, na Delegacia Regional de Guaraí.
“O BO será arquivado por falta de justa causa e que, em razão da acusação absurda, não há previsão de denunciar o autor da ocorrência por falsa comunicação de crime”, explicou a corporação.
A denúncia é do técnico em eletrotécnica Josênio dos Anjos, de 48 anos. Ele comentou ao UOL que a ideia de registrar supostos erros de Einstein na Polícia Civil do Tocantins é para chamar atenção dos cientistas sobre eventuais equívocos do físico alemão.
“Foi um ato simbólico para chamar atenção do meio acadêmico ao que venho trabalhando. Existe uma dificuldade para entrar nele porque parece um ‘Clube do Bolinha’. Por isso achei essa alternativa de chamar atenção dos cientistas”, justificou.
Qual o “crime” de Einstein? Segundo Josênio, o físico causou “incontáveis transtornos a todos os habitantes da terra”. Ele solicitou que Einstein ou algum defensor de suas ideias pedisse desculpas públicas sobre a Teoria da Relatividade, corrente da física que mudou os rumos da ciência no início do século 20.
“A teoria dele está errada, tenho certeza, e acredito que ele sabia disso até o fim da sua vida. No fundo, o Einstein sabia e deve estar contente em saber que descobri”, garante.
UOL