O brasileiro tem sofrido com as consequências extremas do El Niño ao longo de todo o ano de 2023, como ondas de calor, seca extrema e inundações. O Metrópoles ouviu meteorologistas que explicam a necessidade de adaptação climática às condições deixadas pelo fenômeno climático.
Os efeitos do El Niño são sentidos de formas diferentes por todo o território brasileiro. No Sul, ele tem provocado fortes tempestades e causado inundações. No Norte, uma seca extrema culminou na morte de milhares de animais, principalmente botos. O Sudeste e o Centro-Oeste, por sua vez, sofrem com altas temperaturas e ondas de calor cada vez mais frequentes.
O fenômeno teve início em junho, e desde então o Brasil tem passado por extremos climáticos e registrado tragédias humanas e ambientais. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, mais de 600 mil pessoas foram afetadas pela estiagem histórica. No Rio Grande do Sul, 28 mil tiveram que deixar suas casas em razão das fortes chuvas ao longo do mês de novembro.
Meteorologista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Márcio Cataldi ressalta que as consequências mais severas do El Niño já passaram. No entanto, o Brasil pode esperar por efeitos duradouros nas bacias hidrográficas do país.
“A fase mais forte dele já passou. Então, a partir de agora, os efeitos serão mais amenos. Mas ele vai prejudicar um pouco a ‘sobra’ de água armazenada que tínhamos nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, tanto para fins de energia como para fins de agricultura, consumo humano e dessedentação [matar a sede] animal”, explica Márcio Cataldi.
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