O Brasil caiu uma posição no ranking de desenvolvimento humano da Organização das Nações Unidas (ONU). O país ficou na 79ª posição, empatado com a Colômbia, entre os 189 países e territórios avaliados pela ONU. Isso porque o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro ficou praticamente estagnado entre 2017 e 2018.
Segundo relatório divulgado nesta segunda-feira, 9, pela ONU, o IDH brasileiro marcou 0,761 em 2018. O indicador é apenas 0,001 maior que o registrado em 2017. O Brasil ficou, então, empatado com a Colômbia, na quarta colocação do IDH na América Latina, atrás do Chile, da Argentina e do Uruguai.
A ONU destaca, por sua vez, que apesar disso o Brasil vem numa tendência consistente de melhora desde o início da série histórica, em 1990. Entre 1990 e 2018, por exemplo, o IDH do Brasil passou de 0,613 para 0,761. O aumento foi de 24%, acima da média de crescimento da América Latina e do Caribe (21%) e da média global (22%), o que resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,78%.
Nesse período, a expectativa de vida de um brasileiro ao nascer cresceu 9,4 anos. A média de anos de estudo subiu quatro anos e o tempo de escolaridade aumentou em 3,2 anos. Já a renda média da população cresceu 39,5%. Por isso, o Brasil segue sendo considerado um país de alto desenvolvimento humano.
O relatório, porém, também aponta dificuldades para o desenvolvimento humano brasileiro. Uma delas é o desenvolvimento de gênero. Segundo a ONU, apesar de apresentaram melhor rendimento na educação, as mulheres ainda ganham 42% menos que os homens. Além disso, a ONU lembra que, apesar de a bancada feminina ter crescido nos últimos anos, apenas 15% das funções parlamentares são ocupadas por mulheres no Brasil. A representatividade feminina no Legislativo é menor, portanto, que a encontrada em países como Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
Além disso, o Brasil é citado no estudo como o país que mais perde posições no ranking, atrás apenas de Camarões. É que, além da posição perdida neste ano, o Brasil já havia descido mais duas colocações desde 2013.
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