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Bolsonaro: militares não mataram Santa Cruz, mas grupo de esquerda

DECLARAÇÃO FOI DADA DURANTE UMA TRANSMISSÃO AO VIVO NO FACEBOOK, ENQUANTO TINHA O CABELO CORTADO. FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar, na tarde desta segunda-feira (29/7), sobre o desaparecimento, durante a ditadura militar, do advogado Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. E, segundo ele, relatos que ouviu na época davam conta de que foram membros da própria Ação Popular, movimento contrário ao regime militar e do qual Fernando fazia parte, que “resolveram sumir com ele”.

Assim, na versão do chefe do Executivo, os militares não são os responsáveis pela morte. Ao fazer as contextualizações, sustentou que o mandatário da OAB está “equivocado” em “acreditar em uma versão apenas do fato”. “Não foram os militares que mataram ele não, tá?”, disse Bolsonaro.

Mais cedo, ao fazer críticas à OAB, Bolsonaro disse que poderia contar a Felipe Santa Cruz como o pai dele havia morrido. A fala levou o presidente da OAB e emitir nota na qual diz que o presidente agiu com “crueldade”. Já o PT anunciou a intenção de entrar com ação na Procuradoria Geral da república contra Bolsonaro.

As novas declarações foram feitas durante uma transmissão ao vivo em uma rede social, enquanto tinha o cabelo cortado. Ao culpar a imprensa por relatar apenas “fragmentos”, voltou a comentar o tema, expondo as versões dele sobre a morte do pai de Santa Cruz. Voltou a dizer que o pai era integrante da Ação Popular, organização contrária ao regime. Segundo Bolsonaro, era o “grupo terrorista mais sanguinário que tinha”.

Correio Braziliense

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