
Depois de entrar em atrito com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), ao cobrar esclarecimento do assassinato, pela Polícia Militar baiana, do líder miliciano Adriano de Nóbrega, o presidente Jair Bolsonaro atacou nesta terça-feira (18) o Psol.
Bolsonaro escreveu mensagens no Twitter e deu declarações a jornalistas, na saída do Palácio da Alvorada, sugerindo que o Psol possa estar por trás da “queima de arquivo” com a morte de Adriano, ex-policial defendido por ele em discurso na Câmara e homenageado por seu filho Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ele disse que vai pedir uma perícia independente para analisar as circunstâncias da morte do ex-capitão do Bope em uma operação policial em Esplanada (BA) há dez dias.
O presidente compartilhou a notícia de que um juiz do Rio de Janeiro decidiu ontem que não há mais necessidade de se preservar o corpo de Adriano para investigações nem necessidade de novos exames periciais. O Psol ainda não se manifestou sobre as declarações do presidente.
– A quem interessa não haver uma perícia independente? Sua possível execução foi "queima de arquivo"?
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 18, 2020
– Sem uma perícia isenta os verdadeiros criminosos continuam livres até para acusar inocentes do caso Marielle. pic.twitter.com/cmBP23V7e4
Estou pedindo, já tomei as providências legais, que seja feita uma perícia independente, que sem isso você não tem como buscar até, quem sabe, quem matou a Marielle. A quem interessa não desvendar a morte da Marielle? Os mesmos a quem não interessa desvendar o caso Celso Daniel”, declarou a jornalistas, fazendo menção ao ex-prefeito petista de Santo André, também assassinado.