O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista, nessa segunda-feira, (27), que espera que o Judiciário não interfira na vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Ele também ressaltou que sua filha Laura, de 11 anos, não será vacinada.
“Estamos conversando com o [ministro da Saúde, Marcelo] Queiroga nesse sentido. Ele, dia 5, deve ditar normas de como é que deve se vacinar crianças. Eu espero que não haja interferência do Judiciário; Espero, porque a minha filha não vai se vacinar — deixar bem claro. Ela tem 11 anos de idade”, disse o presidente ao conversar com a imprensa, em Santa Catarina.
A imunização do público infantil é tema de uma consulta pública do Ministério da Saúde. A pasta deve realizar uma audiência sobre o assunto em 4 de janeiro e bater o martelo sobre a vacinação no dia seguinte.
Nesta segunda, a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, enviou nota técnica ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual esclarece que nenhuma questão de segurança foi identificada na vacina para crianças maiores de 5 anos, ou seja, o imunizante é totalmente seguro.
O documento é uma resposta ao ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que solicitou manifestação do governo federal sobre a exigência de prescrição médica para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. A determinação atende a pedido feito ao Supremo pelo partido Rede Sustentabilidade.
Na entrevista, Bolsonaro voltou a falar que a vacinação de crianças “não se justifica”, pois, segundo ele, o índice de mortes de crianças para a Covid-19 não é grande.
“Não vêm morrendo crianças que justifique uma vacina nas crianças. Não justifica isso daí. A decisão passa obviamente pelo Ministério da Saúde”, declarou.
Metrópoles