Logo após a chegada do presidente Jair Bolsonaro a Abu Dhabi, o Brasil e os Emirados Árabes fecharam dois memorandos de entendimento na área da Defesa. Um deles trata da formação de um fundo de cooperação para a expansão da capacidade produtiva do setor e o outro de uma parceria estratégica relacionada ao desenvolvimento, produção e comercialização de armamentos. Minutos antes, Bolsonaro havia antecipado que trataria de cooperações relacionadas a armamentos durante a sua passagem pelo Oriente Médio. “Armamentos. Basicamente é isso aí, meios de se defender. Ninguém quer um Brasil extremamente belicoso, mas devemos ter o mínimo de dissuasão”, declarou, após participar de cerimônia militar de homenagem aos mártires dos Emirados Árabes.
Bolsonaro afirmou que “todos os países buscam negociação nesse sentido (Defesa)” com o Brasil. “Todos, sem exceção, onde quer que eu vá essa questão sobre defesa é colocada na mesa”, disse. Segundo Bolsonaro, o Brasil foi “esquecido nessa área” nos últimos 30 anos. Em seguida, no entanto, disse que a área foi deixada de lado desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o país entre 1995 e 2002.
“Desde o governo Fernando Henrique Cardoso a questão da defesa foi deixada para o segundo plano porque nós somos um grande obstáculo para o socialismo, nós, das Forças Armadas. Por isso interessava quebrar a nossa espinha dorsal, nos tornar inoperantes”, disse o presidente. De acordo com integrantes do Itamaraty, além das conversas relativas a produção e venda de armas, o governo deve assinar amanhã um acordo sobre proteção mútua de informações militares. Bolsonaro chegou neste sábado em Abu Dhabi, capital do país, onde ficará até segunda-feira, 28.
Após uma semana na Ásia, o presidente Jair Bolsonaro inicia neste sábado, em Abu Dhabi, a viagem pelo Oriente Médio. Direto do aeroporto, o primeiro compromisso do presidente foi uma cerimônia militar em homenagem aos mártires da pátria dos Emirados Árabes. Um dos focos da viagem é divulgar a carteira do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) para atrair os fundos soberanos árabes. A avaliação é de que países como Emirados Árabes, cuja estimativa dos fundos supera 1 trilhão de dólares, possuem um potencial que precisa ser explorado. Neste caso, a parcela do Brasil atualmente se limita a 5 bilhões de dólares.
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