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Bolsonaro decide demitir secretário da Cultura após citação nazista

SEGUNDO O SECRETÁRIO, “TODO O DISCURSO FOI BASEADO NUM IDEAL NACIONALISTA PARA A ARTE BRASILEIRA”. FOTO: REPRODUÇÃO

Após a ampla repercussão do vídeo no qual o secretário de Cultura, Roberto Alvim, cita uma frase de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, sobre arte, o presidente Jair Bolsonaro decidiu demiti-lo.

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, fontes próximas a Bolsonaro, a situação de Alvim  é “insustentável”. O chefe direto do secretário, o ministro Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo, e líderes do Congresso Nacional foram comunicados da decisão.

O Palácio do Planalto afirmou, havia dito em nota, que não iria se manifestar sobre a fala do secretário e afirmou que o Alvim “já se manifestou oficialmente”.

Após ser criticado por fazer referência a um discurso nazista para divulgar uma ação da Secretaria Especial da Cultura, Alvim afirmou em uma rede social que houve uma “coincidência retórica” mas insistiu que “a frase em si é perfeita” e que “não há nada de errado com a frase“.

Segundo o secretário, “todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira”. “Houve uma coincidência com UMA frase de um discurso de Goebbles (sic)… não o citei e JAMAIS o faria. Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, diz o texto.

A fala de Alvim gerou repercussão negativa na política e em redes sociais. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu que o governo de Jair Bolsonaro afaste o secretário da Cultura.

Na quinta-feira, 16, pouco antes da divulgação do vídeo, Alvim participou de uma transmissão ao vivo nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro justamente para anunciar o Prêmio Nacional das Artes.

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