A Penitenciária Federal em Brasília (PFBra), com apoio da Divisão de Reabilitação (Direb), promoveu a cerimônia de formatura do interno Célio Marcelo da Silva (foto em destaque), conhecido como Bin Laden, que concluiu o ensino médio. O preso integra a cúpula da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). A solenidade ocorreu na última terça-feira (10/10), com recebimento de certificado na presença de professores e pedagogos.
Os internos têm oferta de conclusão da educação básica, nos níveis fundamental e médio, por meio de Acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF). Os professores atendem presencialmente os presos na penitenciária. Todos seguem projeto pedagógico e calendários definidos pela pasta.
No âmbito do Sistema Penitenciário Federal (SPF), a assistência educacional é atividade normatizada no manual de assistências. Para a diretora da PFBra, Amanda Teixeira, “o momento é simbólico, pois demonstra a capacidade do SPF de custodiar os principais líderes de organizações criminosas, mantendo a rigidez e os procedimentos [necessários], sem deixar de observar direitos e garantias desses cidadãos”.
Ensino médio
A Penitenciária Federal em Brasília informa que tem garantido a universalização do acesso à educação e que atingiu a graduação no ensino médio de 75% dos internos.
O processo prevê qualidade na oferta, de forma ampla e diversa, com garantia e demonstração de ganho pedagógico; nível educacional; possibilidade de elevação das condições de trabalho; promoção da saúde, inclusive mental; abordagens relacionadas às diversidades; e eliminação do analfabetismo na unidade prisional.
Bin Laden
Transferido para penitenciária federal em 2019, Bin Laden foi condenado a 254 anos de prisão. Ele é apontado como autor do sequestro de Marina da Silva Souza, mãe do ex-jogador de futebol Robinho. O crime ocorreu em 2004.
O empresário Girz Aronson, dono de uma rede de lojas de eletrodomésticos, também foi sequestrado pela quadrilha do faccionado, em setembro de 1998. Em 2002, o alvo foi o fazendeiro João Bertin, proprietário de uma rede de frigoríficos.
Metrópoles