Nesse sábado, um rumor ganhou as redes sociais e agitou a torcida do Cruzeiro: o de que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita e novo dono do Newcastle, Mohammed bin Salman, estaria interessado em comprar a Raposa.
Mas há algo de verdade nisso ou se trata somente de um grande boato?
Toda a história começou quando o jornal Libero, da Itália, publicou durante a semana que Bin Salman, que controla o Fundo Público de Investimentos da Arábia Saudita, estaria interessado em comprar Inter de Milão, Olympique de Marselha e também um clube brasileiro.
Também na Europa, o famoso diário esportivo espanhol As repercutiu a notícia e, ao especular sobre quais times do Brasil poderiam interessar ao bilionário príncipe saudita, citou a equipe celeste de Belo Horizonte.
“Há várias entidades no país que atravessam graves problemas financeiros e poderiam ser objeto de uma compra, como, por exemplo, o Cruzeiro”, escreveu o As.
Já neste sábado, o canal argentino TyC Sports foi mais um a dar sequência às repercussões, e uma publicação feita pela rede acabou sendo a responsável por agitar a torcida cruzeirense.
“Depois de sua chegada ao Newcastle com um investimento bilionário, o príncipe Mohammed bin Salman agora analisa a possibilidade de ampliar seu controle a outros clubes da Europa e também da América do Sul, com Brasil e Cruzeiro como principais favoritos”, afirmou.
Não há, porém, qualquer indício real de que o Fundo Público da Arábia Saudita gostaria de comprar o Cruzeiro, até porque isso sequer é possível.
É possível comprar o Cruzeiro?
Ocorre que a Raposa é uma associação poliesportiva, e não um time empresa. Portanto, não tem ações e não pode ser vendida, já que não possui um “dono”.
Isso mudaria, porém, se a equipe conseguir concluir seu plano de se transformar futuramente em uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o que permitiria que o clube vendesse até 49% de suas ações para algum investidor.
O plano para fazer isso já foi aprovado pelo Conselho Deliberativo cruzeirense em 3 de agosto. Todavia, o projeto ainda não tramitou no clube, e a Raposa segue sendo uma associação poliesportiva.
Portanto, nem mesmo se Mohammed bin Salman quisesse comprar o Cruzeiro isso seria possível no momento, pelo menos até que a SAF celeste seja formada para gerir o futuro do time, que atualmente está na Série B e vive o momento mais delicado de sua história.
ESPN Brasil