Criminosos armados invadiram o terminal de cargas doméstico da companhia aérea Latam , no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) , na Ilha do Governador, na manhã deste sábado. De acordo com as primeiras informações, três carros e uma moto chegaram no local por volta de 10h. Segundo funcionários, as armas estariam escondidas dentro dos carros. Já do lado de dentro do terminal, os bandidos teriam feito os funcionários reféns e roubado as mercadorias dentro de dois caminhões. Até o momento, não se sabe o conteúdo desses caminhões e nem se houve prisões. O caso acontece dois dia após a ação de bandidos no Aeroporto de Viracopos , em São Paulo. Em abril do ano passado, bandidos levaram entraram num galpão da Gol e roubaram uma carga de celulares avaliada em US$ 1 milhão — cerca de R$ 3,4 milhões.
Apesar das evidências, o aeroporto nega que os homens fugiram com os produtos. Em nota, o Galeão informa que “a equipe de segurança frustrou a ação de bandidos, que não levaram a carga pretendida”. Em nota, a Polícia Civil afirma que o caso foi registrado e que a investigação está em andamento. “Depoimentos estão sendo tomados e diligências sendo realizadas”, diz a nota. Segundo o titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), delegado Henrique Damasceno, a polícia está investigando o crime para elucidar os fatos e assegurar provas.
O galpão de cargas da Latam é o primeiro dentro do terminal, ao lado do espaço da Gol. Em nota, a companhia aérea destaca apenas que “está colaborando com as autoridades responsáveis nas investigações”. Ao titular da DRFC, a empresa afirmou que faz uma auditoria para confirmar o roubo. Imagens de câmeras de segurança são essenciais no caso.
Do lado de fora do terminal de cargas, os funcionários da segurança comunicam as pessoas que o terminal só será reaberto na próxima terça-feira. Por isso, muitas mostraram-se frustradas na tarde deste sábado.
— Eu trabalho com vestuário, vendo roupas. Não sei o que vou fazer sem os produtos até a terça-feira, são três dias parado — diz o empresário Vilas de Souza, de 56 anos, que vai frequentemente ao local: — Eles sempre passam detector de metais nos motoristas e vistoriam os carros. Há sempre alguém que nos acompanha até o local de retirada da carga.