Baby do Brasil se tornou alvo de uma ação movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que acionou o Ministério Público de São Paulo para investigar o culto evangélico realizado na boate D-Edge, na capital paulista, após a cantora pedir a vítimas de abusos sexuais que “perdoem” seus abusadores.
Na ação, a parlamentar afirmou que o discurso feito pela artista é “inaceitável e criminoso”, além de que a promotoria foi solicitada para que “investigue e responsabilize [os responsáveis] pelos [eventuais] crimes cometidos em um culto [na boate]”.
Além disto, a deputada destacou dados sobre violência sexual, que atinge mulheres e crianças em estágio principal. A parlamentar apontou que no Brasil são registrados nove estupros por hora, além de que 61% dos casos são entre vítimas menores de 14 anos.
Sâmia Bonfim afirmou que incentivar as vítimas a não denunciarem os abusos “é parte da cultura do estupro que nos assola”. Para ela, Baby do Brasil “flagrantemente cometeu incitação ao crime e condescendência criminosa, pois reforçou uma cultura de silenciamento e impunidade, incentivando que crimes de violência sexual fiquem sem a devida responsabilização e favorecendo aqueles que o cometeram”.
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O Tempo
