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‘Ato de antissemitismo maligno’, diz primeiro-ministro sobre ataque terrorista na Austrália

FOTO: ABC NEWS

Um ataque terrorista na Austrália em um evento judaico em Bondi Beach, em Sydney, matou 12 pessoas, incluindo um dos atiradores, e deixou outras 29 feridas neste domingo (14), segundo as autoridades locais.

O primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que a ação foi um “ato de antissemitismo maligno” e disse que o país não vai ceder à “divisão, violência ou ódio”, segundo o ABC News, portal da emissora pública da Austrália.

De acordo com o relato das autoridades citado pela ABC, dois homens abriram fogo em um parque próximo à praia de Bondi, onde pessoas estavam reunidas para celebrar o primeiro dia de Hanukkah, em um evento chamado “Chanukah by the Sea”.

Imagens mostram que um homem conseguiu derrubar um dos atiradores e desarmá-lo durante o ataque.

Albanese classificou como “heróis” os civis e equipes que correram para prestar socorro, afirmando que a atuação deles ajudou a salvar vidas.

Após convocar uma reunião urgente do Comitê de Segurança Nacional do gabinete, Albanese disse esperar um “momento de unidade nacional” em reação ao ataque e afirmou que a Austrália deve apoiar sua comunidade judaica. Para ele, “um ataque contra judeus australianos é um ataque contra todos os australianos”.

Na mesma reunião, o diretor-geral da ASIO (Australian Security Intelligence Organisation), Mike Burgess, informou que o nível de ameaça terrorista do país permanece em “provável”, o terceiro mais alto em uma escala de cinco.

Segundo ele, significa 50% de chance de um ataque nos próximos 12 meses. Burgess acrescentou que a agência auxilia a polícia na investigação e na apuração das identidades dos autores, além de verificar se há risco de intenções semelhantes na comunidade, sem indicar sinais concretos até o momento.

A AFP (Australian Federal Police) declarou, por meio do vice-comissário interino para segurança nacional, Nigel Ryan, que a classificação do episódio como incidente terrorista aciona “poderes especializados” para a investigação.

A enviada especial do governo australiano para o combate ao antissemitismo, Jillian Segal, afirmou em nota que o “pior medo” da comunidade judaica australiana tornou-se realidade e disse que o episódio “não ocorreu sem aviso”.

Entre as reações políticas citadas, a líder da oposição, Sussan Ley, disse que o país está em “luto profundo” e declarou solidariedade à comunidade judaica, especialmente na região leste de Sydney.

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